Integrantes de um grupo que incendiou três ônibus na Região Oeste de Belo Horizonte estão sendo identificados pela Polícia Civil. Uma operação da corporação já identificou 17 dos 20 envolvidos nos ataques no dia 23 de março deste ano. Os veículos foram incendiados na Avenida Raja Gabaglia, Rua Geraldo Vasconcelos e na Vila Leonina, onde morava um jovem de 16 anos morto durante uma perseguição policial. A polícia acredita que os envolvidos agiram em represália à morte do jovem, que aconteceu um dia antes dos ataques.
Um dos suspeitos, William Ferreira dos Santos, preso em flagrante, confessou participação nos crimes ao ser interrogado pela polícia. Dos 17 suspeitos, sete são adolescentes e todos têm envolvimento com o tráfico de drogas e roubos na região.Dois integrantes do grupo, identificados como Ramon Romualdo Coelho de Souza e André Albert Silva de Assis, já estão presos por tráfico de drogas.
De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Sônia Maria Jesus de Miranda, os demais suspeitos serão intimados no decorrer da próxima semana para prestar declarações. “Vamos ouvi-los a fim de apurar o envolvimento de cada um no crime”, disse a delegada.
Em uma das ações, 20 homens encapuzados cercaram um veículo na Avenida Raja Gabaglia, no Bairro Estoril, Região Oeste de Belo Horizonte, e atiraram um tijolo contra o vidro do ônibus.
O coletivo da linha 4110 faz a ligação entre os bairros Dom Cabral e Belvedere. Após o motorista parar o veículo, o grupo ordenou que todos os passageiros descessem e, em seguida, atearam fogo nos bancos. O próprio condutor conseguiu conter as chamas
Morte de adolescente
O fato que motivou o grupo a incendiar os ônibus ocorreu um dia antes dos ataques. O menor estava entre os autores de um roubo a um veículo. Durante uma perseguição policial no Bairro Jardim América, na Região Oeste da capital, o carro bateu em um poste e o jovem morreu.
(Com informações de João Henrique do Vale e Landercy Emerson)