Cerca de 2 mil pessoas estão concentradas na Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte, na tarde deste sábado, para marcharem pedindo a legalização da maconha. Os organizadores confeccionaram um imenso cigarro, que será incendiado ao final da marcha, na Praça da Liberdade. Segundo um os organizadores da marcha, o funcionário público, Guilherme Fernandes, de 25 anos, o trajeto passará pela Avenida Amazonas, Praça Sete, Rua da Bahia e Praça da Liberdade. "Queremos a legalização e regulamentação da maconha", explica Guilherme.
Na concentração, na Praça da Estação, varias pessoas enrolam cigarros de maconha e fumam, sem serem incomodados pelos policiais nas dias viaturas presentes. Guilherme Fernandes explica que a recomendação para os manifestantes é para não portar e nem fumar maconha durante o trajeto. "Mas acaba que é criado um espaço de desobediência civil. O que também é uma forma de protesto", analisa Guilherme.
Também participa da marcha um grupo da Associação Brasileira de Maconha Medicinal (ABMM). O médico Leandro Ramires é diretor da associação e veio acompanhado do filho, de 7 anos. "Ele tem epilepsia refratária e precisa da maconha para sobreviver e não ter convulsões", explica Leandro sobre a doença do filho. Leandro conseguiu uma liminar judicial para importar o óleo de canabidiol, mas reclama do elevado preço: R$ 500 por semana. O ideal, segundo o médico, seria regulamentar a maconha para que os medicamentos fossem produzidos no Brasil e, assim, fiquem menos caros.