Os jovens, entre 18 e 29, aparecem em segundo lugar nas estatísticas, com 62 mil casos, seguidos pela parcela da população que se encontra na faixa etária de 40 a 59 anos, com 43 milJá as vítimas com 60 anos ou mais foram representam o menor número de ocorrências – 17 mil
Luciene Longo, analista do IBGE em Minas, aponta alguns motivos que expõem pessoas com 30 e 39 anos à violência em Minas“É um grupo maior de vítimas que não necessariamente tem ligação com os jovensSão pessoas que estão inseridas no mercado de trabalhoElas saem mais de casa, circulam mais e, assim, podem ficar mais expostas”, destaca O panorama em Minas segue uma tendência observada no do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com 75 e sete mil, casos, respectivamente
O professor do departamento de Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública, Bráulio Figueiredo entende que os dados do IBGE mostram uma situação peculiar no universo das vítimas de violência no estado e no paísDe acordo com ele, as pessoas que estão na faixa etária mais vulnerável são aquelas mais propensas a relatar agressões em crimes.
“Essas pessoas são aquelas que podem ter comprado mais bens e que estão mercado de trabalhoJá os jovens, em alguns casos, desconsideram as agressões”
Sobre os números totais do estudo, em Minas, 209 mil pessoas relataram ter sofrido alguma modalidade de violência praticada por criminososConforme ainda os dados, o estado é o terceiro neste quesito na Região Sudeste, que vê no topo da lista São Paulo, com 694 mil ocorrências, Rio de Janeiro, com 222 mil, e Espírito Santo, com 33.