Mesmo com as dificuldades para conseguir a liberação de verbas do Governo Federal e Estadual, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) afirmou, nesta quarta-feira, que pretende inaugurar o Hospital Metropolitano Célio de Castro (Hospital do Barreiro) até o final de setembro deste ano. A reabertura, que na data seria quase quatro anos da data inicial, vai acontecer parcialmente caso as obras não sejam concluídas até lá.
Segundo ele, o hospital terá custo de R$ 180 milhões por ano e recebeu um investimento de implantação de R$ 220 milhões. “Procuramos incorporar, tendo uma certa austeridade no acabamento, toda as facilidades que a tecnologia de saúde nos coloca a disposição. Portanto, teremos esta condição de operar o hospital 100% até o final do ano. Se não tivermos
todos os recursos que precisamos, no mínimo, iremos inaugurá-lo e implantá-lo parcialmente, com parte apenas dos leitos funcionando”, comunicou o prefeito.
O hospital está sendo construído no modelo de parceria público-privada. Quando estiver pronto, um conselho misto, com membros da prefeitura e da sociedade, será formado para administrar a unidade. “O parceiro privado constrói e opera os serviços que não são de saúde e da manutenção. O órgão público cuida da prestação de serviço da saúde. Ao mesmo tempo, entendemos que seria melhor não ter uma administração puramente pública aqui. Criamos um chamado serviço social autônomo aprovado pela câmara municipal onde os funcionários serão CLT. Teremos um conselho de administração de 12 membros representando vários setores da sociedade, da área da saúde, do meio empresarial”, afirma Marcio Lacerda.
Atrasos
A previsão inicial, segundo a PBH, a previsão era de que a construção, iniciada em maio de 2010, fosse concluída no fim de março de 2011. Mas, passado um mês do prazo final e ainda na primeira etapa das obras, a construtora Santa Bárbara Engenharia S/A, alegou não ter mais condições financeiras de manter a execução. Por causa disso, a administração municipal decidiu cobrar, na Justiça, o ressarcimento de R$ 8 milhões da empresa. O valor se refere a gastos dos cofres municipais com reparos em falhas encontradas na estrutura de vigas, lajes, pilares e contenções da edificação, depois que o município rescindiu, de forma unilateral, o contrato com a empreiteira. “Está em 1ª Instância ainda. As pericias feitas determinaram as correções que tiveram que ser feitas”, disse Lacerda.
Hospital Risoleta Neves
O Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Venda Nova, vai passar a receber mensalmente R$ 7,8 milhões da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). O repasse mensal, que era de R$ 6,3 milhões, recebeu um aditivo de R$ 1,5 milhões. O acréscimo no repasse foi firmado em fevereiro deste ano. No repasse referente ao mês de maio, será acrescido também o valor do mês de abril, totalizando R$ 3 milhões de acréscimos. O recurso é referente ao Programa Pro-Hosp Gestão Compartilhada.