A Diocese de Guaxupé se pronunciou sobre a criação da nova igreja por nota oficial publicada em seu site. No texto, lido em paróquias de Alfenas, o bispo dom José Lanza orienta: “Os católicos não podem, nem devem participar de qualquer ‘culto’ realizado em tal igreja e, sim, permanecer numa atitude de fé e fidelidade, em nossas paróquias”. A nota traz informações sobre a “separação por completo da Igreja Católica Apostólica Romana” por parte do padre, o que automaticamente gera a excomunhão latae sententiae. A autoridade competente, no caso o bispo, apenas oficializa de maneira pública a previsão do direito canônico.
Os paroquianos que permaneceram na São Sebastião e São Cristóvão seguem a recomendação do atual padre e do bispo: evitam comentar o caso publicamente e entrar em polêmica – apesar de, na internet, o debate acalorado ter declarações fortes de ambos os lados. “A comunidade ficou dividida, sim. Muitos saíram, mas quem ficou permanece forte nas pastorais. Acabamos de fazer uma festa na paróquia que foi um sucesso”, comenta uma funcionária paroquial.
Nas ruas, a divisão também é clara. “Quem acredita em Deus pode entrar em qualquer igreja que esteja falando Dele. Basta se sentir bem. O que importa é a fé de cada um”, afirma o frentista Thomas Edson Almeida. “Um lado fala uma história, outros contam outra. Por não ser uma igreja aprovada, muitos ficam contra”, acrescenta o auxiliar administrativo Rodrigo Aparecido, resumindo a guerra santa que abalou a cidade do Sul de Minas.