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Estado de Minas SEGURANÇAS DESARMADOS

Estações do Move em BH terão vigilantes a partir de quinta-feira

Os 192 vigilantes farão o trabalho todos os dias durante 24 horas. Eles estarão equipados com cassetetes de borracha, sprays de pimenta, algemas, rádios comunicadores e coletes a prova de balas


postado em 09/06/2015 10:07 / atualizado em 09/06/2015 10:49

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

A partir de quinta-feira as estações do Move em Belo Horizonte contarão com seguranças desarmados. O prefeito Marcio Lacerda (PSB) autorizou a ordem de serviço para o início do sistema de vigilância que havia sido licitado em abril deste ano.

Serão 48 postos de vigilância de 24 horas, todos os dias, com 192 vigilantes. A empresa que vai prestar o serviço é Essencial Sistema de Segurança, pelo preço global de R$ 20.367.993,16. O prazo inicial do contrato é de 20 meses.

Os vigilantes passaram por treinamentos desde o início do mês e foram preparados para atuar junto aos usuários. Eles estarão equipados com cassetetes de borracha, sprays de pimenta, algemas, rádios comunicadores e coletes a prova de balas. De acordo com a prefeitura, as estações de transferência continuarão sendo monitoradas pela Guarda Municipal e Polícia Militar.

Somente nos primeiros meses de 2015, foram inúmeros casos de violência e depredação em estações. Em 27 de maio, dois homens roubaram celulares de passageiros dentro da Estação Aparecida do Move, na Avenida Antônio Carlos, Região Noroeste de BH. Os ladrões renderam as vítimas com uma faca e levaram quatro celulares. Eles foram presos.

Em 7 de abril, dois homens foram presos depois de jogarem pedras na estação Serra Verde, na MG-010, Região Norte de BH. Eles foram autuados por dano ao patrimônio e multados em R$ 2 mil pelo Departamento de Estadas e Rodagem (DER-MG), que acompanhou a prisão.



No dia 30 de março, o cuidador de idosos Breno Lincoln Batista, de 30 anos, foi assaltado e esfaqueado em uma estação do Move, na Avenida Antônio Carlos. Câmeras do circuito interno registraram a ação dos bandidos. Ele foi atingido por um golpe de facão, teve o pulmão perfurado e uma costela quebrada, ao ter o celular arrancado de sua mão no dia do crime. Precisou passar por cirurgia para colocação de um dreno e ficou cinco dias internado. Um dos suspeitos de envolvimento no crime foi preso dias depois pulando catracas das estações. Guardas municipais o reconheceram com autor do assalto por causa das imagens.

Em 23 de março, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra) e o Consórcio Operacional do Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus do Município de Belo Horizonte (Transfácil) concluíram o conserto de 480 portas das estações do Move que apresentavam problemas. Elas ficavam abertas mesmo sem a presença de ônibus nas plataformas. Enquanto a reforma era feita, vândalos destruiram três portas na Avenida Cristiano Machado, na Região Nordeste, desfazendo o trabalho do Setra.

Em 3 de março, o Estado de Minas percorreu as 38 estações de transferência e as cinco estações de integração e constatou que a ação de vândalos provoca prejuízos e põe em risco a segurança dos usuários do transporte coletivo. De acordo com o levantamento do EM, a situação mais grave era das estações de transferência, as plataformas para embarque e desembarque nos corredores. Nelas, 55 monitores que deviam informar sobre a aproximação dos ônibus estavam danificados e 209 portas com defeito (média de quatro por módulo), o que levava passageiros a pôr as cabeças fora da linha de segurança, expondo-se ao tráfego de ônibus. O combate a incêndio também era falho. Apenas 10 extintores e três mangueiras serviam às estações por onde circulam 500 mil pessoas. Na época, a BHTrans culpou o vandalismo e reafirmou que contrataria seguranças.


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