Depois de uma sequência de atos de vandalismo desde a inauguração do Move em Belo Horizonte, com o registro de dezenas de portas quebradas e monitores danificados, todas as estações do sistema contam a partir desta quinta-feira com uma equipe de vigilância que atuará 24 horas por dia durante toda a semana para coibir a ação de vândalos.
Ao todo, 192 profissionais contratados por meio de licitação começam a trabalhar em esquema de revesamento em 48 postos de vigilância. Para proteger as estações de transferência, eles estão equipados com cassetetes de borracha, coletes a prova de bala, algemas e um rádio comunicador. Em alguns terminais, dois seguranças podem trabalhar em conjunto, ao mesmo tempo, de acordo com a necessidade.
Os profissionais de vigilância foram treinados para lidar com o público e poderão usar a força para conter os usuários infratores. No entanto, as estações de transferência continuam sendo monitoradas pela Guarda Municipal e Polícia Militar. Além disso, um trabalho educativo é feito pela BHTrans, a fim de conscientizar os usuários sobre a preservação do patrimônio público.
Na Estação Cristiano Guimarães, localizada na Avenida Dom Pedro I, na Região de Venda Nova, funcionários das bilheterias e passageiros afirmam já sentir os efeitos positivos da presença do vigilante. Durante o primeiro dia de trabalho, o profissional de segurança já auxilia na abertura de portas emperradas e impede a invasão de pessoas que tentam entrar no terminal pelas plataformas e roletas sem pagar.
Logo que a equipe de vigilância entrou em ação, o Consórcio Operacional do Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus do Município de Belo Horizonte (Transfácil ) anunciou o início da substituição dos 55 monitores das estações do Move. Segundo o consórcio, todos foram danificados por atos de vândalos desde a inauguração do sistema.
Situação semelhante ocorreu no decorrer do primeiro ano de funcionamento do Move com as portas dos terminais. Em março, todas as 480 portas das estações passaram por manutenção, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra). Na maior parte das ocorrências, segundo o órgão, a entrada nos terminais parou de funcionar devido ao descarrilhamento das portas provocado por chutes nos equipamentos. A expectativa é de que com a presença de vigilantes, os danos ao patrimônio sejam reduzidos.
(Com informações de Mateus Parreiras)