O velório do compositor mineiro Fernando Brant teve início às 9h deste sábado, no Palácio das Artes, no Centro de Belo Horizonte. A família abriu o espaço para os fãs que quiseram prestar suas últimas homenagens ao músico. Os irmãos Moacyr, Paulo, Roberto e Lucy foram os primeiros a chegar. Aos poucos, muitos amigos, companheiros do mundo da música, políticos e fãs encheram o local. O clima é de muita tristeza e reconhecimento da importância artística do ícone da música brasileira.
"Ele eternizou que amigo é coisa para se guardar. Digo que irmão é coisa para se guardar. As pessoas o conhecem muito como músico, mas o melhor lado é humano", disse Moacyr Brant. Fernando, como destacou o irmão, amava o Brasil e demonstrava isso em suas letras.
O ex-ministro e candidato ao governo do Estado, Pimenta da Veiga, chegou cedo ao velório. Ele esteve lá para prestar sua última homenagem ao compositor do Clube da Esquina. "Foi um dos principais intelectuais de Minas. Suas composições e textos são muito fortes. No futuro será um dos nomes mais lembrados da cultura em Minas", disse.
Por volta das 11h20, o senador e ex-candidato à presidência da República, Aécio Neves, chegou ao local. Amigo pessoal da família, ele lamentou a morte do compositor. "Uma perda inestimável. Durante os oito anos em que fui governador, ele era um dos conselheiros mais próximos que eu tinha. É uma perda enorme, mas uma lembrança sempre de momentos de alegria". O senador fez questão de lembrar da participação inspiradora do músico na construção do Circuito Cultural da Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul da capital.
Ao meio dia, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, também chegou ao velório para dar o último adeus ao compositor. "Estou muito tocado, muito emocionado, porque o Fernando Brant é um homem da minha geração. Ele cresceu junto comigo, tivemos os mesmos sonhos, as mesmas angústias, as mesmas esperanças. Deixou um legado inestimável na arte, na música popular, mas também na política.
"Tudo que ele escrevia, se eternizava", disse o companheiro Lô Borges, um dos primeiros a se manifestar sobre a morte do amigo na noite de sexta-feira. "Fernando Brant foi e sempre será um gênio da poesia e da música", completou o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda.
Para o arquiteto Gustavo Penna, um dos legados mais importantes de Fernando foi mostrar às pessoas o que há de bom no mundo e no ser humano. "Ele sempre valorizou isso. Acho que essa é a grande mensagem", disse, emocionado. Penna também falou sobre a relevância do músico para a cultura brasileira ao lembrar do nascimento do Clube da Esquina.
O cantor Milton Nascimento disse, em entrevista coletiva, “minha vida não teria sido tão linda” sem a amizade com o compositor. Ele relembrou parcerias, momentos de amizade e músicas inesquecíveis escritas por Brant. “Guardo de lembrança do Fernando, de toda minha vida. Não é só pouquinho aqui ou um pouquinho ali. Ele faz parte da coisa mais séria da minha vida, que eu aprendei com meus pais, que é a amizade. Desde que a gente se conheceu foi uma coisa muito forte.
A missa de corpo presente teve início por volta de 12h40 e o enterro está marcado para às 16h30, no Cemitério do Bonfim.
Brant morreu na noite de sexta-feira, aos 68 anos, de complicações decorrentes de uma cirurgia de transplante de fígado. Submetido a uma primeira operação na terça-feira, o músico teve rejeição ao órgão e passou por um segundo transplante, na madrugada de ontem, no Hospital das Clínicas. A família confirmou a morte por volta das 21h40.
Casado com Leise Brant, o compositor deixa as filhas Izabel e Ana Luiza, o filho do coração, Diógenes, e dois netos.
Veja as homenagens de quem esteve por lá:
Lô Borges:
Fernando Pimentel:
Aécio Neves:
Márcio Lacerda:
Gustavo Penna:
Nilmário Miranda:
Pedro Paulo Cava:
Antonio Anastasia:
Fernando Pimentel:
Aécio Neves:
Márcio Lacerda:
Gustavo Penna:
Nilmário Miranda:
Pedro Paulo Cava:
Antonio Anastasia:
Amigos prestam homenagem a Fernando Brant
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