Apesar do aumento constante dos roubos em Belo Horizonte nos últimos três anos, os assaltos a residências, casos em que normalmente os bandidos agem com violência, estão diminuindo em comparação com o ano passado. De janeiro a abril deste ano, foram 118, 13,25% a menos do que no mesmo período de 2014, quando houve 136. Se comparados com os dados de roubos em geral, os assaltos com invasão de casa e apartamento equivalem, no primeiro quadrimestre de 2015, a apenas 0,92% de todos os assaltos.
A artista plástica Consuelo Cavalcanti, de 51 anos, moradora do Bairro São Luiz, na Região da Pampulha, sentiu na pele o que é ser refém de bandidos. E por duas vezes. No primeiro assalto, um homem e uma mulher entraram às 8h, renderam o caseiro e ficaram no local mais de três horas. “Eles me amarraram em um quarto com minha filha e dois funcionários, enquanto uma mulher nos vigiava. Sempre perguntavam por joias e dinheiro”, recorda.
Depois do trauma, Consuelo equipou a casa com câmeras de segurança, cerca elétrica, alarme de pânico e criou uma rede de vizinhos protegidos na região. Mas nada foi suficiente para impedir o segundo ataque.
COMÉRCIO Padarias, farmácias, supermercados e outros estabelecimentos comerciais também estão no foco dos bandidos. Este ano, uma padaria no Bairro Luxemburgo já foi atacada duas vezes por ladrões armados. Em abril, um ex-funcionário invadiu o setor de recursos humanos atrás de um malote com R$ 25 mil, que seriam usados para pagar os trabalhadores. Ele fugiu com o dinheiro, mas foi preso pela polícia. Imagens das câmeras ajudaram a solucionar o caso.
Em maio, o estabelecimento foi assaltado de novo. Três pessoas invadiram a padaria e um quarto comparsa deu cobertura em uma caminhonete. “Eles chegaram por volta das 5h da manhã e foram mantendo reféns os funcionários que iam chegando.