Apesar do aumento constante dos roubos em Belo Horizonte nos últimos três anos, os assaltos a residências, casos em que normalmente os bandidos agem com violência, estão diminuindo em comparação com o ano passado. De janeiro a abril deste ano, foram 118, 13,25% a menos do que no mesmo período de 2014, quando houve 136. Se comparados com os dados de roubos em geral, os assaltos com invasão de casa e apartamento equivalem, no primeiro quadrimestre de 2015, a apenas 0,92% de todos os assaltos.
Depois do trauma, Consuelo equipou a casa com câmeras de segurança, cerca elétrica, alarme de pânico e criou uma rede de vizinhos protegidos na região. Mas nada foi suficiente para impedir o segundo ataque. “Pensei que estivesse mais segura, mas, quando eles querem entrar, nada os impede.” No segundo assalto, os ladrões levaram televisores, computadores, câmeras, perfumes e bebidas. A artista plástica diz que não se sente mais segura no local e pôs a casa à venda. “A gente ouvia um caso ou outro de um conhecido. Hoje, só eu posso relatar dois casos. Uma vizinha viveu o mesmo problema. A situação piorou. Tenho medo de como vai ficar mais para frente”, desabafa.
COMÉRCIO Padarias, farmácias, supermercados e outros estabelecimentos comerciais também estão no foco dos bandidos. Este ano, uma padaria no Bairro Luxemburgo já foi atacada duas vezes por ladrões armados. Em abril, um ex-funcionário invadiu o setor de recursos humanos atrás de um malote com R$ 25 mil, que seriam usados para pagar os trabalhadores. Ele fugiu com o dinheiro, mas foi preso pela polícia. Imagens das câmeras ajudaram a solucionar o caso.
Em maio, o estabelecimento foi assaltado de novo. Três pessoas invadiram a padaria e um quarto comparsa deu cobertura em uma caminhonete. “Eles chegaram por volta das 5h da manhã e foram mantendo reféns os funcionários que iam chegando. Quando a gerente chegou, foi obrigada a abrir a sala onde ficam os malotes com dinheiro de troco e levaram cerca de R$ 1,6 mil, além de equipamentos do sistema de filmagem”, contou um funcionário.