Peritos da Polícia Civil, legistas, investigadores, o delegado Regional de Ouro Preto, bombeiros e representantes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) seguem para o local da queda do helicóptero Jet Ranger 206-B na manhã desta quarta-feira para iniciar a remoção dos corpos e destroços. A aeronave caiu na tarde de terça-feira, na Mata do Palmito, em Santa Rita de Ouro Preto, matando três pessoas: o piloto Felipe Piroli, enteado do sócio da HeliBH, empresa de aluguel de helicópteros sediada em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o empresário Roberto Queiroz, dono da empresa Lotear Empreendimentos Imobiliários Ltda e o filho dele, Bruno Queiroz. Familiares e amigos das vítimas estão em Ouro Preto desde 23h de ontem acompanhando o trabalho dos bombeiros.
Moradores da comunidade de Bandeirantes acionaram a corporação às 16h30, depois de ouvir um estrondo e, em seguida, fumaça saindo da mata. De acordo com o subcomandante da Guarda Civil de Ouro Preto, Geovanni Mapa, chovia no local no momento do acidente. O piloto teria tentado realizar o pouso em uma área aberta, mas bateu a cauda em uma árvore e a aeronave girou.
Conforme o Corpo de Bombeiros, a aeronave seguia de Macaé, no Rio de Janeiro, com destino a Nova Lima e parou em Ubá, na Zona da Mata mineira, para abastecer. O helicóptero decolou por volta das 16h com tempo nublado. Em Ouro Preto, ele "guardou" - expressão usada pelos pilotos quando a aeronave voa dentro de uma nuvem -, e bateu contra uma montanha.
O modelo Jet Ranger 206-Bell tem capacidade para cinco pessoas, incluindo o piloto. No site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave PT-YDY está matriculada em nome de Lotear Empreendimentos Imobiliários. O helicóptero teria de fazer nova Inspeção Anual de Manutenção (IAM) a partir de 14 de novembro deste ano, quando venceria a atual documentação. O Certificado de Aeronavegabilidade da aeronave tem validade até 17 de novembro de 2018.