Jornal Estado de Minas

Corpos de vítimas de tragédia com helicóptero em MG são resgatados quase 24 horas após queda

Os corpos serão levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Itabirito por uma funerária da cidade. Autoridades seguem com as investigações sobre o caso

João Henrique do Vale Landercy Hemerson

Os corpos das três vítimas da queda do helicóptero na Mata do Palmito, em Santa Rita de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, começam a ser retirados da cabine da aeronave quase 24 horas depois do acidente.
O acidente ocorreu em um local de difícil acesso, por causa disso, o resgate está sendo feito com a ajuda de uma aeronave dos bombeiros. Morreram na tragédia o piloto Felipe Piroli, de 25 anos, enteado do sócio da HeliBH, empresa de aluguel de helicópteros, sediada em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte; o empresário Roberto Queiroz, de 63,  dono da empresa Lotear Empreendimentos Imobiliários Ltda. e o filho dele, Bruno Queiroz, 26.

Os corpos serão levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Ouro Preto por uma funerária da cidade. Roberto e Bruno Queiroz serão velados em Conselheiro Lafaiete, na Região Central do Estado e depois cremados em Belo Horizonte. Já o corpo do piloto vai ser encaminhado diretamente para a capital mineira.

Os trabalhos de investigação e resgate dos corpos causa uma comoção na área próxima ao acidente. Muitos moradores da cidade se aglomeram no local para acompanhar a ação.
Familiares e amigos das vítimas saíram do local chorando quando as vítimas começaram a ser retiradas da cabine e sem conversar com a imprensa.

Os trabalhos de apuração do caso e da perícia tiveram início às 6h15 desta quarta-feira. Militares do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa III) fazem a coleta de dados. A área onde o helicóptero caiu é de mata fechada. Para chegar ao local, é preciso seguir por nove quilômetros em uma estrada de terra e entrar por cerca de 500 metros dentro da vegetação.

Fontes que participam da investigação afirmaram ter duas hipóteses para o acidente. A primeira é a a péssima visibilidade quando o helicóptero passou pela área de mata fechada. A outra seria uma falha mecânica que teria feito a aeronave bater na copa das árvores.

Moradores da comunidade de Bandeirantes acionaram a corporação às 16h30, depois de ouvir um estrondo e, em seguida, fumaça saindo da mata. De acordo com o subcomandante da Guarda Civil de Ouro Preto, Geovanni Mapa, chovia no local no momento do acidente. O piloto teria tentado realizar o pouso em uma área aberta, mas bateu a cauda em uma árvore e a aeronave girou.

Conforme o Corpo de Bombeiros, a aeronave seguia de Macaé, no Rio de Janeiro, com destino a Nova Lima e parou em Ubá, na Zona da Mata mineira, para abastecer. O helicóptero decolou por volta das 16h com tempo nublado.
Em Ouro Preto, ele "guardou" - expressão usada pelos pilotos quando a aeronave voa dentro de uma nuvem -, e bateu contra uma montanha.

O modelo Jet Ranger 206-Bell tem capacidade para cinco pessoas, incluindo o piloto. No site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave PT-YDY está matriculada em nome da Lotear Empreendimentos Imobiliários. O helicóptero teria de fazer nova Inspeção Anual de Manutenção (IAM) a partir de 14 de novembro deste ano, quando venceria a atual documentação. O Certificado de Aeronavegabilidade da aeronave tem validade até 17 de novembro de 2018. .