Na manhã de ontem, os parentes e amigos preferiram se distanciar um pouco para evitar o assédio da imprensa, já que preferiram o silêncio diante da dor. Mas um gesto solidário, das irmãs Eizabeth Aparecida da Costa, de 34 anos, e Magna Crispi da Costa, de 38, e a prima delas Maria do Carmo Silva, de 38, todas moradoras de Mata dos Palmitos,
chamou a atenção.
Depois de algum tempo, assistindo impassivas a movimentação, elas se uniram para fazer comida para os parentes e amigos das vitimas e policiais, bombeiros e profissionais de imprensa, que distante a 9 quilômetros do restaurante mais próximo, não arredavam pé do local.
O prato, linguiça de lombo, arroz, feirão e macarrão, saciou a fome de muitos. Parecia o milagre da multiplicação dos pães.
"Muitos queriam pagar pelo almoço. Mas não era nosso objetivo. A dor dos parentes, nos comoveu, tanto como o empenho de que está trabalhando e sentimos a necessidade de fazer algo", disse Elizabeth.
"É como se pudéssemos de alguma forma tentar diminuir a dor dessa tragédia", pontuou Magna. "Poder fazer isso nos ajuda a sentir menos tristes a cada pessoa que veio aqui comer um pouco", completou Maria do Carmo..