Mais de uma centena de pessoas participaram neste sábado, em Belo Horizonte, da Marcha das Vadias, evento que surgiu no Canadá, em 2011, com a proposta de dar voz a uma minoria em diferentes temas polêmicos.
Esta foi a quinta edição do ato em Belo Horizonte. Na capital, as organizadoras do movimento se apoiam na pluralidade do perfil de mulheres participantes. “A Marcha das Vadias de Belo Horizonte (MdV-BH) ergueu-se a partir das contribuições da diversidade de mulheres que foram participando, e das aproximações e colaborações com diversos coletivos de mulheres; mulheres lésbicas, negras, heterossexuais, brancas, bi, trans, cis, prostitutas, mulheres do centro, da periferia, com visões e posições convergentes e divergente”, afirma parte do texto de convocação para o ato de hoje.
Segundo as organizadoras, a marcha também pretende chamar a atenção para os casos de violência contra as mulheres. “Marchamos porque foram registrados 554 casos de estupro em Minas Gerais somente no ano de 2011 e nos quatro primeiros meses de 2012 , conforme os últimos dados organizados.
Dentre os pontos defendidos, estão o reconhecimento da mulher como protagonista e responsável por escolhas envolvendo seu corpo. “Marchamos para que uma questão complexa, que afeta a vida de milhares de mulheres, não seja tratada como polêmica ou disputa, como se estivéssemos falando de times de futebol. Marchamos por respeito a vida de todas as mulheres!”, afirma o manifesto publicado nas redes sociais.
Durante o percurso, além do som do batuque, tiveram performances e cartazes com frases de apoio à causa. Ainda nesta noite está programada uma festa na Ruia Guaicurus, ponto final do desfile.