A Defensoria Pública de Minas Gerais entrou com uma ação cautelar na Justiça pedindo acesso a um estudo que diz que o sistema de ônibus em Belo Horizonte está operando no vermelho e fechou 2014 com prejuízo de R$ 80 milhões. O documento foi produzido a pedido do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra/BH) e encaminhado à BHTrans, mas a Defensoria Pública alega que solicitou o estudo tanto à empresa que gerencia o transporte na cidade quanto à Prefeitura de Belo Horizonte e não obteve sucesso. "Recentemente, a mídia vem veiculando notícias sobre esse estudo que aponta a necessidade de reajuste de 12% nas tarifas. Estamos preocupados com isso e como não tivemos retorno da BHTrans e da prefeitura dentro da Lei da Transparência, entramos com a ação cautelar", diz a defensora pública Junia Roman Carvalho.
Segundo a BHTrans, a empresa recebeu do Setra/BH um estudo técnico que busca demonstrar a necessidade imediata de revisão contratual. Porém, "a complexidade dos estudos apresentados, exige avaliação aprofundada por parte do órgão regulador", diz a BHTrans, em nota. O texto informa ainda que as solicitações da Defensoria Pública serão respondidas ao órgão dentro do prazo.
Segundo o Setra/BH, o estudo foi feito pela empresa Ernst&Young e comprova um prejuízo em 2014 da ordem de R$ 80 milhões. Porém, o sindicato diz que não há pedido pronto para reajuste de tarifa, mas sim um informe da situação atual para tomada de providências, que não necessariamente é apenas o aumento das passagens. Sobre a PLR, o Setra informou que as empresas não pagaram justamente pelo fato de terem fechado 2014 no prejuízo.