Dados divulgados nesta terça-feira pelo governo estadual mostram que os casos de roubo continuam em alta. As estatísticas da criminalidade elaboradas pela Secretaria de Defesa Social (Seds) revelam que Belo Horizonte já registrou 16.327 ocorrências deste tipo nos primeiros cinco meses do ano, o que equivale a uma média de 108 roubos por dia em 2015. No mês de maio, os índices cresceram 17,8% em Belo Horizonte, 16,7% na Região Metropolitana e 11% em Minas. Esses dados são em comparação com o mesmo período do ano passado.
A contribuição da capital para o número total de roubos consumados no estado tem sido significativa. A capital é responsável por uma parcela de 36,4% dos registros em Minas. Os municípios de Contagem e Betim, na Região Metropolitana, são os dois outros que mais têm casos de roubo, com 5.162 (11,5%) e 2.388 (5,3%) ocorrências, respectivamente. Na sequência aparecem Uberlândia, com 1.455 (3,2%) e Uberaba, com 1.252 (2,8%), ambas no Triângulo.
Homicídios
O balanço divulgado pela Seds mostra, no entanto, que os casos de homicídios registrados em BH passaram de 366, nos cinco primeiros meses de 2014 para 242, no mesmo período em 2015, o que representa uma queda de 33,9%. Em maio, a capital teve 33 casos, contra os 82 do mesmo mês no ano anterior.
A queda diminuiu a parcela de participação da capital na totalidade dos registros de homicídios em Minas. Belo Horizonte era responsável por 19,1% dos assassinatos em 2014 e passou a contribuir para as estatísticas com 14,4%.
As outras cidades que mais registram casos de homicídio são Betim, com 91 registros (5,4%), Contagem, com 89 (5,3%), Juiz de Fora, com 53 (3,2%) e Ribeirão das Neves, com 52 (3,1%).
Outros crimes
Na comparação entre os cinco primeiros meses de 2015 e de 2014, houve redução de 12,3%, com 1.680 do total de registros, contra 1.912 de janeiro a maio de 2014, em Belo Horizonte.
Em Minas, dos outros sete tipos de crimes violentos, cinco tiveram redução em maio de 2015 em relação ao mesmo mês de 2014: homicídio tentado (12%), 397 a 451, respectivamente; estupro consumado (15,3%), 111 a 131; estupro tentado (10,2%), 35 para 39; estupro de vulnerável consumado (13,6%), 171 a 198; sequestro e cárcere privado (40,6%), 19 a 32. Os estupros consumados somados aos estupros de vulnerável consumados também tiveram queda de 14,3%, com as ocorrências caindo de 329 para 282 entre maio de 2014 e 2015. Tiveram alta estupro de vulnerável tentado (16,67%), 21 a 18, e extorsão mediante sequestro (66,7%), 10 a 6.
No acumulado de janeiro a maio de 2015 frente ao do mesmo período de 2014, além dos homicídios consumados, sete naturezas de crimes violentos tiveram queda de registros. Homicídio tentado (15,3%), 2.204 contra 2.603; estupro consumado (6,4%), 596 contra 637; estupro tentado (14,5%), 183 contra 214; estupro de vulnerável consumado (13,1%), 912 contra 1.050; estupro de vulnerável tentado (10,3%), 96 a 107; extorsão mediante sequestro (27,1%), 35 contra 48; sequestro e cárcere privado (23,7%), 135 a 177. Os estupros totais, que são os consumados somados aos estupros de vulnerável consumados também caíram 13,4% com as ocorrências passando de 1.050 para 912 entre janeiro e maio de 2014 para 2015.
Entre os crimes não listados entre os violentos, Minas Gerais teve queda acumulada de janeiro a maio de 2015 frente ao mesmo período de 2014 nas extorsões consumadas (23,7%), 924 contra 1.211, respectivamente; nas lesões corporais consumadas (11,2%), 29.033 contra 32.699 e nos furtos consumados (2,6%), 127.515 contra 130.978.