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Estado de Minas

Polícia prende padrasto por suspeita de participação em morte de mãe e filha em Minas

Segundo a polícia, o homem teria instigado o marido da vítima, com quem ele tinha um relacionamento homoafetivo, a cometer os assassinatos


postado em 24/06/2015 20:39 / atualizado em 24/06/2015 20:43

Foi preso na tarde desta quarta-feira o funcionário público Carlos Henrique Ramos, de 36 anos, por suspeita de envolvimento na morte da enteada dele, Aline Rosa da Silva, 30 anos, da filha dela, Tamy Caroline da Silva, de 3. As duas foram mortas por asfixia no último sábado pelo pai e marido das vítimas, Marcos Francisco Pedrilho, de 22. Ramos, que também é pai de santo, foi detido em cumprimento de um mandado de prisão temporária. Ele é suspeito de instigar Pedrilho, com quem teria um relacionamento homoafetivo, a cometer o duplo homicídio. Ao ser levado para a delegacia, negou participação nos assassinatos.

O pedido de prisão temporária foi autorizado pela Justiça na tarde desta quarta-feira e cumprido por equipes da delegacia de Poços de Caldas, na Região Sul de Minas Gerais. Carlos Henrique foi encontrado no terreiro de candomblé e encaminhado para a delegacia. Segundo a polícia, ele teria provocado Marcos a cometer o crime. “Foi preso em razão do depoimento do autor que dizia que o indivíduo de apelido 'buiu' o teria induzido e o instigado a matar as duas para não atrapalhar mo relacionamento dos dois”, explicou o delegado Cleyson Brene, responsável pelo caso.

O suspeito, que é padrasto de Tamy, já tinha sido ouvido no último sábado e negou o crime. “Ele já foi ouvido e negou qualquer envolvimento amoroso. Também negou que teria conversado com Marcos”, conta o delegado.

O crime aconteceu por volta das 14h de sábado. Conforme o Boletim de Ocorrência, Marcos se desentendeu com a esposa e a agrediu com um golpe no pescoço. A suspeita é de que ele tenha sufocado a mulher até a morte e, em seguida, ter feito o mesmo com a própria filha. Ainda conforme a PM, Marcos colocou os corpos sobre um colchão e os cobriu com um pano. Quando anoiteceu, ele foi até uma unidade da Polícia Militar e confessou o crime. Desde então, ele está preso.

A polícia pediu a quebra do sigilo telefônico de Marcos e de Tamy. “Amanhã (quinta-feira) vamos analisar os dados dos aparelhos celulares da vítima e do autor. Pedimos a quebra de sigilo telefônico e estamos aguardando a operadora mandar os dados da semana toda de ligações e localizações”, diz Brene.


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