A Polícia Militar de Minas Gerais conta com mais um equipamento para auxiliar no combate aos crimes ambientais. Com quase dois metros de asa e 90 centímetros de corpo, o veículo aéreo não-tripulado (VANT) pode alcançar 1,5 mil metros de altura e fazer fotos e filmagens do solo em alta resolução. O VANT deve começar a operar ainda em agosto e o último teste de funcionalidade está previsto para as próximas semanas.
Com a ajuda do novo equipamento, a polícia pretende identificar, em menos tempo, áreas de desmatamento, incêndios e garimpos ilegais. A cada duas horas, o avião faz monitoramento de 20 hectares. Como em qualquer aeronave, o único obstáculo é o mau tempo.
O VANT faz 450 fotos a cada 15 minutos e transmite imagens em tempo real. A rota é programada por meio de coordenadas que o aviãosegue sem intervenção humana, mas também pode ser controlado à distância. Foram investidos R$ 180 mil na aquisição do equipamento e em treinamento de policiais pela Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito. Os sete militares escolhidos vão se tornar instrutores e poderão treinar outros colegas.
A PM de Minas Gerais é uma das primeiras no país a utilizar a aeronave. Apenas São Paulo e Santa Catarina possuem projetos parecidos. O VANT reduz tempo de voo em helicópteros, gerando economia de combustível, e pode atuar em qualquer região. Também existe a possibilidade de utilização no combate de outros crimes.
A partir do segundo semestre, o robô vai atuar em todas as regionais de meio ambiente. As particularidades de cada região serão levantadas para avaliar a necessidade de compra de novas aeronaves.
Drone versus VANT Ambos são veículos aéreos não tripulados, mas com usos diferentes. O drone apresenta vantagens para monitoramento em área reduzida por conta da mobilidade. Mas a independência de voo e altitude alcançada são reduzidas. O VANT, por sua vez, é mais rápido e cumpre rotas maiores. Pela característica de voo, é possível comparar o drone com o helicóptero e o VANT com um avião.