O caso veio à tona há dois meses quando Fabrícia, moradora de Estiva, um distrito de Jequitinhonha, procurou um médico na cidade. Ao fazer o pré-natal de rotina, os profissionais acabaram detectando que eram siameses com formação rara. “Quando fiz o ultrassom diagnostiquei que eram siameses e verificamos a situação do coração. Pedi a opinião de outro profissional, que também confirmou. Desde então, entramos em contato com a Secretaria de Saúde de Jequitinhonha e fizemos a documentação para transferir para um centro maior”, explica o ginecologista e obstetra João Bosco Alcântara Botelho, que atendeu a paciente.
Mesmo com a suspeita, o médico afirma que a jovem terá que passar por exames para confirmar se realmente os siameses tem apenas um coração. “Não temos condições de fazer um serviço mais especializado. Ela terá que passar por novos procedimentos para ver se tem um coração só. Somente um estudo vai dizer”, comenta Botelho.
Segundo o obstetra, há vários graus de gêmeos siameses. “Eles podem ter ligações pela cabeça, tórax, abdômen, pélvis. Pelo que vi nos exame, eles estão ligados pelo tronco e abdômen”, disse.
Nessa quarta-feira, Fabrícia conseguiu uma consulta no Centro de Especialidades Médicas Santa Casa de BH, que pertence à unidade. A unidade é referência em casos de gêmeos siameses. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirmou que não tem informações se é o primeiro caso com gêmeos siameses com apenas um coração registrado em Minas Gerais..