A ausência da medicação nas farmácias preocupa quem depende da rivastigmina para retardar os efeitos da doença, que causa problemas na memória, pensamento e comportamento. Carlos, que pede para não ter o sobrenome divulgado, procura há mais de uma semana o medicamento em uma unidade de distribuição do SUS em Belo Horizonte e diz não ser informado sequer sobre o motivo da falta do produto.
Em tratamento há cinco anos, a mulher de 88 anos depende da rivastigmina 6 mg para minimizar os efeitos do Alzheimer. “A evolução da doença dela é retardada com o uso do medicamento. Com ele, é possível que ela consiga reconhecer as pessoas da família, permite que ela possa socializar com outras pessoas, faz com que ela esteja intelectualmente presente”, explica Carlos. Segundo ele, caso não consiga o remédio no SUS, terá de desembolsar pelo menos R$ 400 para comprá-lo, já que cada caixa custa, em média R$200, e sua mãe utiliza duas por mês.
De acordo com a SES, a rivastigmina de 4,5 e 6 miligramas é adquirida pelo Ministério da Saúde. O órgão estadual informa que a previsão é de que o medicamento seja reposto até o início da próxima semana, quando o estoque das unidades regionais de saúde deve ser reabastecido. Ainda de acordo com a secretaria, o governo de Minas adquire apenas o medicamento na apresentação 2mg/mL, solução oral, e que este não está em falta.