O racionamento de água poderá alcançar as torneiras de Belo Horizonte e região metropolitana em um mês. Em solenidade na Prefeitura de Betim, o diretor de Operação Metropolitana da Copasa, Rômulo Perilli, admitiu que, diante do nível do Sistema Paraopeba (36%), o fornecimento terá alterações caso a população não atinja os 30% de redução no consumo. Ele ainda afirmou que a empresa irar intensificar a campanha de conscientização feita pela companhia. Apesar de previstas as presenças dos 10 prefeitos do chamado Vetor Oeste, o evento contou apenas com o prefeito de Betim, Carlaile Pedrosa, e de Igarapé, José Carlos. “A possibilidade de racionamento é muito grande. O nível dos reservatórios do Sistema Paraopeba está em 36%. No mesmo dia do ano passado, estava em 61%. Como vamos entrar em um período de escassez de chuva, é muito provável a existência do racionamento”, afirmou Perilli.
Igarapé, Ibirité, Juatuba, Mateus Leme, Mário Campos, São Joaquim de Bicas, Sarzedo, Betim, Contagem e a capital compõem o chamado Vetor Oeste.
Segundo Perilli, a campanha de mobilização estará mais próxima da população. Juntamente com as peças que são veiculadas no rádio e na TV, será intensificada nos bairros com cartazes e carros de sons. Essa é a aposta da Copasa para que haja uma mudança de comportamento e a população economize os 30%. No entanto, desde quando foi anunciada a redução nos níveis dos reservatórios, do início do ano até o momento, a economia média foi de 15%. Em março, a redução foi de 16% no consumo nos imóveis da região metropolitana em comparação com o mesmo período do ano passado. Em abril, 15%, e em maio, 14,5%.
ROYALTIES
Carlaile informou que a economia em Betim foi de 16,5%. Segundo ele, a campanha de mobilização será intensificada, principalmente junto às escolas do município. “Podemos com muito trabalho reduzir os 30%. Mas é um desafio muito grande”, admitiu o prefeito.
O prefeito José Carlos chamou atenção para a proposta de repasse de royalties aos municípios onde ficam os principais reservatórios, como é o caso de Igarapé. “Meu município fornece 40% da água do Sistema Serra Azul. É preciso ter royalties para água potável. Para energia, já existe. Com os municípios pequenos, com baixa arrecadação, podem fazer o trabalho de preservação?”questionou. A proposta foi apresentada em 2011 no Congresso Nacional, mas foi arquivada..