O rastreamento dos vazamentos e gatos pelas ruas é feito com uma sonda eletrônica chamada geofone, que amplifica as ondas sonoras e permite aos fiscais escutar a água correndo para fora do encanamento ou em direção a uma ramificação clandestina. Em um dos vazamentos encontrados em Santa Tereza, quem descobriu o problema foi um morador. Mesmo não vendo a água, a preocupação dele era de que o fluxo abalasse as fundações de sua casa. No entanto, para o alívio do consumidor, os agentes identificaram que a água tratada estava escoando para o esgoto.
Em bairros como Planalto e Caiçara, o Estado de Minas encontrou sequências de casas despejando água usadas para lavar garagens e regar jardins, líquido tratado que se perdeu pelas ruas. Em um posto de abastecimento do Caiçara, na Região Noroeste, a fila de veículos era lavada com jatos de mangueiras ligadas a compressores. O chefe de pista do posto, Cristian Roberto Moreira dos Santos, disse que a economia de 30% está sendo alcançada com a redução do tempo de lavagem. “Antes, a gente gastava em média 15 minutos para lavar um carro. Agora não pode passar de 10 minutos”, disse.
Os reservatórios do Sistema Paraopeba, que abastecem 30% da Grande BH, se encontram em estado de restrição de consumo, com volume em 36,5%, e o Rio das Velhas está em estado de atenção, com vazão de 15,6 m3/s, em Nova Lima. Uma das apostas da Copasa é poder injetar mais 5 m3/s do Rio Paraopeba, até agosto, com a construção de nova captação que foi iniciada no mês passado.