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Estado de Minas

Mulher que matou jovem grávida conseguiu registrar a criança em Ponte Nova

Delegada praticamente descarta envolvimento de uma terceira pessoa no crime. Assassina confessa tinha filhos de outros relacionamentos e temia que atual companheiro a deixasse por não ter uma criança com ele


postado em 02/07/2015 11:55 / atualizado em 02/07/2015 12:14

Gilmária Silva Patrocínio, de 33 anos, apresentou versões que foram desmentidas pela polícia(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Gilmária Silva Patrocínio, de 33 anos, apresentou versões que foram desmentidas pela polícia (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)

Gilmária Silva Patrocínio conseguiu registrar como filho dela a criança retirada do ventre da jovem de 21 anos assassinada em Ponte Nova, na Zona da Mata. De acordo com a delegada regional Iara de Fátima Luiz Gomes, a mulher de 33 anos, assassina confessa de Patrícia Xavier da Silva, pode ter registrado o menino ainda na sexta-feira, quando deu entrada no hospital da cidade afirmando ter dado a luz em casa. "O menino foi registrado como filho dela. A regra geral é registrar a criança ainda na maternidade, por isso ela pode ter feito o procedimento ainda no dia do desaparecimento de Patrícia", diz a policial.

A mulher e Herly Marçal, andarilho suspeito de envolvimento no crime, estão presos na penitenciária de Ponte Nova, mas as investigações continuam. De acordo com a delegada, a hipótese de uma terceira pessoa ter participado do assassinato é cada vez menor. Até o momento em que Gilmária entrou no imóvel onde o corpo foi encontrado, ela foi vista por testemunhas apenas na companhia da vítima. "Se aconteceu de ter mais alguém envolvido, essa pessoa estava dentro do prédio", diz Iara.

A linha de investigação que aponta somente os dois como os autores do crime é reforçada pela descoberta de versões falsas nos depoimentos de Gilmária e Henry. Segundo a delegada, a mulher apresentou três versões e uma delas, contada antes de confessar o crime, condiz com o que disse o andarilho. A dupla contou à polícia que um carro vermelho foi visto no local e que duas pessoas foram vistas subindo com o corpo. No entanto, a história foi desmentida e a polícia suspeita que ela tenha sido combinada entre os dois. A versão é ainda mais fraca porque Henry se confundiu e disse ora que eram um homem e uma mulher, ora que eram dois homens.

Filhos em outros relacionamentos


De acordo com a delegada regional, Gilmária tem filhos em com outros companheiros e temia ser abandonada por não ter uma criança no atual relacionamento. A mulher disse ao marido que estava grávida e tramou o assassinato de Patrícia para ficar com a criança.

“A autora diz que simulou uma gravidez e, sendo assim, uma hora a criança tinha que nascer. Ela inventou uma história de que tinha roupas de bebê e um berço para doação, conquistando a confiança da vítima, de quem já era conhecida”, informou o delegado titular do caso Silvério Rocha Aguiar. Segundo ele, Gilmária já conhecia Patrícia, inclusive, chegou a colocar piercing no umbigo dela e de uma irmã.

(Com informações de Guilherme Paranaíba)


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