Os motoristas seguiram pela Avenida Afonso Pena até chegar na Praça Sete. No local, o clima ficou tenso quando os taxistas resolveram parar o trânsito. Agentes da BHTrans e do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (PM) discutiram com os condutores e ameaçaram aplicar multa se o fluxo não fosse liberado. Algumas pessoas chegaram a descer do carro. Os manifestantes também discutiram entre eles para decidir qual o trajeto seguir. Eles devem seguir pela Avenida dos Andradas até a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte.
De acordo com Marcelo de Souza, de 33 anos, os taxistas pretendem fazer um buzinaço até a Praça Sete, no hipercentro da capital. A categoria, no entanto, não pretende interditar o trânsito. "Essa manifestação precisa acontecer porque precisamos de providências. Não estamos vendo o posicionamento de nenhuma instância de governo para a solução do nosso problema", diz o taxista, que é presidente de uma coperativa que atua na região do Bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte.
O taxista Leonardo Torres Ribeiro, de 40 anos, diz que a concorrência dos motoristas do aplicativo é desleal. "Nossos colegas, principalmente os que trabalham à noite, estão sendo muito afetados por esse problema. Ficamos sabendo de motoristas do Uber, muitos até ex-taxistas, que chegam a ganhar entre 600 e 700 reais durante o período noturno", conta.
Na noite dessa quinta-feira, taxistas e motoristas do Uber se envolveram em uma confusão no Bairro Funcionários. De acordo com um taxista que esteve no local, a discussão começou quando um colega foi atender uma corrida e passou pela área, onde alguns motoristas do Uber se reúnem. Geraldo Carvalho, de 39 anos, disse que o taxista pediu apoio de outros colegas pelo rádio. Um homem que afirma ter sido agredido enquanto filmava a briga, um motorista do Uber e um taxista foram conduzidos à delegacia. De acordo com a Polícia Civil, eles foram ouvidos e liberados.