“Foi impressionante o tanto que os turistas gostaram daqui”, elogia o dentista Nelson Galizzi, presidente da Associação dos Amigos da Savassi (Amas)Um ano depois da Copa, ele tenta emplacar o projeto Savassi Criativa, que pretende consolidar, como referência mundial, a região compreendida por sete quarteirões, que chegou a englobar 108 bares, 189 restaurantes, 374 lojas de moda, 52 agências de turismo, 30 hotéis e 19 livrariasEsses estabelecimentos atingiram o ápice de frequência durante o evento, com aumento de 34% nas vendas, mas registraram baixas nos últimos meses, principalmente nos dois últimos quesitos.
A Belotur não sabe quantos estrangeiros estiveram em BH depois da Copa, mas diz que que houve retração de frequentadoresA região viveu o auge durante a Copa, recebendo até 30 mil pessoas por noitePresidente da Belotur, Mauro Werkema acredita que a promessa de uma Savassi cosmopolita ainda não se cumpriu devido à recessão econômica
Segundo a Belotur, pelo menos 6,5 mil alemães foram ao Mineirão no fatídico dia do 7 a 1“Temos uma sinalização do consulado alemão de que cerca de 10 mil alemães passaram por BH”, informou WerkemaEle acredita que o infortúnio brasileiro chamou atenção para BH, que deverá ganhar com o turismo“ O 7 a 1 aguça a curiosidade do turista quando se fala, nas apresentações internacionais de destino, que BH é a cidade onde o Brasil foi surpreendido.
Para Werkema, os estrangeiros também associam o estádio às imagens bonitas transmitidas antes dos jogos: Pampulha, Serra do Curral e das pessoas nas ruas
Cerca de 320 mil turistas estrangeiros visitaram BH na Copa, principalmente argentinos, chilenos e colombianos“Foi uma época boa, em que havia mais gente falando espanhol do que português na SavassiNão sabia se eu estava no Brasil ou na Argentina”, compara a advogada Zelma Helman, de 76 anos, que mora há 46 anos em BH.
Desde julho do ano passado, a proprietária da agência de turismo já recebeu em BH dois grupos de alemãesAmbos fizeram questão de ir ao Mineirão e tirar fotos ao lado da camisa assinada pelos 11 jogadores germânicosEla própria veio a BH para fazer projetos sociais nas favelas e acabou se casando com o dono de um restaurante de comida mineira, muito apreciada por ela, especialmente a mandioca frita“No início, os alemães manifestaram muito receio em relação à segurança, mas, quem veio, voltaráO clima na Savassi ficou muito gostosoCom certeza, foi uma das melhores copas que já houve”, elogia a alemã.
GORJETAS “Que saudade da Copa”, suspira o baiano Fredson de Jesus, garçom de um restaurante de comida baiana que se tornou point durante o evento
Desde outubro, as duas estão em BH“Decidimos ficar mais um pouco por causa do festival de jazzBH tem muita movida (movimento) cultural”, elogia Jacqueline, oferecendo adesivos de fabricação própria, em troca de contribuição espontânea.