Jornal Estado de Minas

Taxistas se reúnem com Ministério Público para discutir atuação do Uber em BH

Profissionais cobram regulamentação do serviço de carona paga na capital mineira

Márcia Maria Cruz Cristiane Silva
- Foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press

Taxistas estão reunidos na manhã desta segunda-feira no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para discutir a atuação do Uber em Belo HorizonteO serviço de transporte de passageiros não é regularizado, o que vem causando revolta nos motoristas de táxi

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A reunião começou às 10h15 com a presença do promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da capital, representantes do Sindicato dos Taxistas de Belo Horizonte (Sincavir), e dos vereadores Lúcio Bocão (PTN) e Professor Wendel (PSB)Do lado de fora, dezenas de motoristas aguardam o resultado da reuniãoO protesto que estava marcado para sair da Praça da Estação em direção ao MP não aconteceu

“Queremos uma fiscalização rigorosa sobre o transporte coletivo, seja ele de que origem forO Uber encabeça o processo”, diz o presidente da cooperativa Ligue Táxi, Durval Prado CunhaConforme o presidente do Sincavir, Ricardo Faeda, há uma estatística que aponta queda de 30% a 40% no número de corridas desde a chegada do Uber a BHEle explica que a categoria defende a regulamentação e reforça que a qualidade do serviço de táxi na capital é semelhante à do Uber, inclusive com o serviço VIP TáxiCriado em 2011 e autorizado por uma portaria da BHTrans, o serviço conta com 80 veículos com a mesma tarifa dos táxis brancos, com ar condicionado, internet e motoristas que falam inglês. 

Durante a reunião no Ministério Público, será apresentado o projeto de lei do vereador Wendel, que está tramitando na Comissão de Legislação e Justiça da Câmara Municipal de BHEle propõe um termo de ajustamento de conduta (TAC) para fiscalização, regulamentando o uso de aplicativos
Conforme o PL, todos os aplicativos de transporte precisariam ter sede em BH e ser cadastrados pela BHTrans como serviço de táxi, não particularO projeto de lei ainda propõe uma multa de R$ 50 mil as empresas que desobedecerem a lei e R$ 3,5 mil para os motoristas

Na edição desta segunda-feira, o Estado de Minas mostrou mais um caso de atrito envolvendo motoristas dos táxis e do Uber, na Praça da BandeiraDesde a semana passada, foram pelo menos cinco ocorrênciasPor meio de nota, o Uber, que esta há oito meses em BH, criticou as agressõesA empresa funciona em 310 cidades de 58 países e é alvo de discussões jurídicas sobre a legalidade do serviçoNo Brasil atua em Brasília, São Paulo, Rio e BHEm São Paulo, a prefeitura está autuando motoristas do aplicativoA BHTrans considera o serviço ilegal, mas ressalta que está impedida de autuarA Polícia Militar informou que ainda não há decisão judicial ou legislação que aponte ilegalidade do Uber na capital mineira