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Estado de Minas

Motorista do Uber é cercado e ofendido por taxistas durante reunião no Ministério Público

Condutor teve que deixar o local com a ajuda da Polícia Militar para não ser agredido. Por meio de nota, Uber informou que vai tomar providências para garantir a segurança dos motoristas


postado em 06/07/2015 11:32 / atualizado em 06/07/2015 16:19

Polícia Militar teve que escoltar o motorista do Uber que foi cercado por taxistas(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Polícia Militar teve que escoltar o motorista do Uber que foi cercado por taxistas (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
A reunião de taxistas com promotores, na sede do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em Belo Horizonte, teve confusão na manhã desta segunda-feira. Um motorista que aguardava o fim do encontro usou o aplicativo para chamar um carro do Uber até a sede do MP, no Bairro Cidade Jardim, Região Centro-Sul da capital. Assim que chegou ao local, o condutor do carro foi cercado e ofendido pelos taxistas.


Para evitar mais problemas, pois os ânimos estavam exaltados, policiais militares escoltaram o motorista do Uber para que ele deixasse o local sem ser agredido. Segundo a sala de imprensa da PM, o carro dele foi danificado.

Assista ao vídeo que mostra a confusão do lado de fora do prédio do MP


A reunião começou às 10h15 com a presença do promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da capital, representantes do Sindicato dos Taxistas de Belo Horizonte (Sincavir), e dos vereadores Lúcio Bocão (PTN) e Professor Wendel (PSB), autores de projetos de lei contra o transporte irregular. O encontro terminou por volta das 12h e os taxistas fizeram um buzinaço até a Assembleia Lesgislativa (ALMG), no Bairro Santo Agostinho, Centro-Sul da capital.

O promotor Eduardo Nepomuceno informou que durante o encontro os taxistas pediram que o Uber seja considerado ilegal e exigiram mais fiscalização. As demandas da categoria foram registradas na ata e encaminhadas ao promotor Geraldo Ferreira da Silva, que atua em um inquérito civil sobre a atuação do serviço em Belo Horizonte. Geraldo informou, por meio da assessoria de comunicação do MP, que analisa o conteúdo da reunião e ainda não vai se pronunciar sobre o caso.

Em nota, a Polícia Militar informou que já atua no combate ao transporte irregular no estado e cumpre a lei para coibir de casos de agressão. Sobre o aplicativo Uber, a corporação disse que não tem competência legal para fiscalizar a utilização do serviço.

Na edição desta segunda-feira, o Estado de Minas mostrou mais um caso de atrito envolvendo motoristas dos táxis e do Uber, na Praça da Bandeira. Desde a semana passada, foram pelo menos cinco ocorrências. Depois do episódio registrado nesta manhã, o Uber se pronunciou por meio de sua assessoria de imprensa. “É inaceitável ver violência sendo usada contra gente que respeita as leis. Isto serve tanto para os motoristas parceiros, que querem trabalhar honestamente, como para os usuários, que estão exercendo seu direito de decidir como se mover pela cidade”, diz a nota. “A Uber tomará providências para garantir a segurança dos motoristas-parceiros e usuários, e vamos iniciar todas as medidas legais cabíveis contra os agressores”, diz.

A empresa afirma que a segurança é prioridade do serviço, e que todos os motoristas passam por uma checagem de antecedentes criminais antes de serem cadastrados. “Além disso, é importante destacar que, após cada viagem, tanto o motorista parceiro como o usuário se avaliam mutuamente. Parceiros que cometem qualquer tipo de violência são automaticamente desconectados da plataforma”.

O Uber funciona em 310 cidades de 58 países e é alvo de discussões jurídicas sobre a legalidade do serviço. No Brasil atua em Brasília, São Paulo, Rio e BH. Em São Paulo, a prefeitura está autuando motoristas do aplicativo. A BHTrans considera o serviço ilegal, mas ressalta que está impedida de autuar. A Polícia Militar informou que ainda não há decisão judicial ou legislação que aponte ilegalidade do Uber na capital mineira.


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