Professores da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) resolveram aderir à greve nacional das instituições federais de ensino. Em assembleia na tarde desta quarta-feira, a categoria decidiu paralisar as atividades a partir da próxima segunda-feira, 13 de julho. O movimento grevista revindica reajuste salarial em contrapartida aos cortes na educação anunciados pelo Governo Federal.
A Ufop se junta à Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), que já enfrentavam a greve de professores em Minas. Em todo o país, docentes de 40 universidades já aderiram ao movimento.
De acordo com Luis Seixas, diretor da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Ouro Preto (Adufop), as propostas apresentadas até agora pelo governo têm sido muito insatisfatórias. "Nossa greve é por tempo indeterminado. Tudo depende do governo colocar uma boa proposta na mesa", avalia.
O diretor diz que uma reunião com representantes do governo é esperada para daqui duas semanas. "Esperamos uma nova proposta. Se isso não acontecer, pode ser que o segundo semestre comece com 40 universidades federais em greve", diz Seixas.
O semestre letivo da Universidade Federal de Ouro Preto já estará encerrado na segunda-feira, no entanto, professores ainda teriam atividades a cumprir. De acordo com a Adufop, um comando de greve irá se reunir a partir da próxima semana para definir se será mantida ou não uma escala mínima de profissionais trabalhando.
Servidores técnico-administrativos
A greve dos servidores técnicos-administrativos teve 100% de adesão nas instituições federais em Minas, segundo a Adufop. Desde junho, os profissionais que trabalham em secretarias, bibliotecas, laboratórios e outros setores vêm aderindo ao chamado da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra).
Entre as reivindicações da categoria estão a reposição de perdas e aprimoramento da carreira, reajuste salarial de 27,3%, turnos contínuos com redução da jornada de trabalho para 30 horas, sem ponto eletrônico e redução de salário, revogação da lei que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para gerir os hospitais universitários das instituições e processo eleitoral paritário para escolha de gestores nas universidades públicas. Os trabalhadores também protestam contra a terceirização.