Alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) temem que o início do segundo semestre letivo seja adiado devido à greve dos servidores ténico-administrativos. Embora ainda não haja nenhum posicionamento oficial da reitoria, a assessoria de imprensa da instituição admitiu que, se a paralisação continuar, pode haver alteração no calendário acadêmico.
Em greve há 45 dias, os funcionários que atuam nas secretarias, bibliotecas, laboratórios e outros setores também auxiliam no processo de matrícula. O cadastro dos veteranos e calouros foi adiado por tempo indeterminado.
Em um comunicado divulgado na última sexta-feira, o pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi, disse que a matrícula dos veteranos, marcada para acontecer entre os dias 14 e 18 deste mês, foi afetada pela greve. Segundo a nota, embora seja feita eletronicamente, a matrícula depende do lançamento da oferta de disciplinas para o segundo semestre.
Já no caso dos calouros, a matrícula eletrônica já foi feita na data determinada pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). No entanto, segundo a assessoria de imprensa da UFMG, os novos alunos da instituição ainda aguardam pela data do cadastro presencial.
Ana Carolina Girundi, de 23 anos, cursa Arquitetura e Urbanismo e faz um intercâmbio pela Europa. A aluna estudou em Londres, na Inglaterra e agora faz um estágio em Portugal. "Reduzi meu tempo de estágio aqui e pedi para voltar mais cedo, já que as aulas começariam em agosto. Agora, eu posso voltar e ficar sem aula", conta. Ana Carolina diz que formaria no fim de 2016, mas se houver atraso do início do calendário acadêmico, teme que a formatura também seja adiada.
Guilherme Ribeiro, de 19 anos, acabou de concluir o primeiro período de Filosofia. O estudante está apreensivo e diz que o problema poderia prejudicar a dinâmica do curso. "Temo o adiamento, e temo muito. A luta dos grevistas é justa, mas me prejudicaria muito. Ou teríamos aulas nas férias ou teríamos uma disciplina que deveria durar três meses em apenas um mês", diz.
O estudante teme que as aulas sejam reduzidas. "Eu estudo bastante e, pelo menos em filosofia, as aulas são poucas e não podem ser diminuídas. Nesse caso, seria melhor eu ler um livro sobre o assunto da disciplina e ficaria pelo mesmo", avalia.
Reunião marcada
O Sindicato dos Trabalhadores de Instituições Federais (Sindifes) tem uma reunião marcada com representantes do Ministério do Planejamento no dia 21. A categoria espera que o governo apresente uma nova proposta para por fim ao impasse.
A reivindicação incial era de reajuste salarial de 27,3% , relativo à reposição de perdas com a inflação. A última proposta do governo foi de um reajuste de 21,5% dividido em quatro anos. A categoria fez uma contraproposta e está disposta a negociar se esse período for reduzido em até dois anos.
Entre outras reivindicações estão o aprimoramento da carreira, turnos contínuos com redução da jornada de trabalho para 30 horas, sem ponto eletrônico e redução de salário, revogação da lei que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para gerir os hospitais universitários das instituições e processo eleitoral paritário para escolha de gestores nas universidades públicas.
Em greve há 45 dias, os funcionários que atuam nas secretarias, bibliotecas, laboratórios e outros setores também auxiliam no processo de matrícula. O cadastro dos veteranos e calouros foi adiado por tempo indeterminado.
Em um comunicado divulgado na última sexta-feira, o pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi, disse que a matrícula dos veteranos, marcada para acontecer entre os dias 14 e 18 deste mês, foi afetada pela greve. Segundo a nota, embora seja feita eletronicamente, a matrícula depende do lançamento da oferta de disciplinas para o segundo semestre.
Já no caso dos calouros, a matrícula eletrônica já foi feita na data determinada pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). No entanto, segundo a assessoria de imprensa da UFMG, os novos alunos da instituição ainda aguardam pela data do cadastro presencial.
Ana Carolina Girundi, de 23 anos, cursa Arquitetura e Urbanismo e faz um intercâmbio pela Europa. A aluna estudou em Londres, na Inglaterra e agora faz um estágio em Portugal. "Reduzi meu tempo de estágio aqui e pedi para voltar mais cedo, já que as aulas começariam em agosto. Agora, eu posso voltar e ficar sem aula", conta. Ana Carolina diz que formaria no fim de 2016, mas se houver atraso do início do calendário acadêmico, teme que a formatura também seja adiada.
Guilherme Ribeiro, de 19 anos, acabou de concluir o primeiro período de Filosofia. O estudante está apreensivo e diz que o problema poderia prejudicar a dinâmica do curso. "Temo o adiamento, e temo muito. A luta dos grevistas é justa, mas me prejudicaria muito. Ou teríamos aulas nas férias ou teríamos uma disciplina que deveria durar três meses em apenas um mês", diz.
O estudante teme que as aulas sejam reduzidas. "Eu estudo bastante e, pelo menos em filosofia, as aulas são poucas e não podem ser diminuídas. Nesse caso, seria melhor eu ler um livro sobre o assunto da disciplina e ficaria pelo mesmo", avalia.
Reunião marcada
O Sindicato dos Trabalhadores de Instituições Federais (Sindifes) tem uma reunião marcada com representantes do Ministério do Planejamento no dia 21. A categoria espera que o governo apresente uma nova proposta para por fim ao impasse.
A reivindicação incial era de reajuste salarial de 27,3% , relativo à reposição de perdas com a inflação. A última proposta do governo foi de um reajuste de 21,5% dividido em quatro anos. A categoria fez uma contraproposta e está disposta a negociar se esse período for reduzido em até dois anos.
Entre outras reivindicações estão o aprimoramento da carreira, turnos contínuos com redução da jornada de trabalho para 30 horas, sem ponto eletrônico e redução de salário, revogação da lei que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para gerir os hospitais universitários das instituições e processo eleitoral paritário para escolha de gestores nas universidades públicas.