As investigações para apurar a queda do avião que matou o prefeito Genil Mata da Cruz (PP), de 39 anos, e um funcionário particular, já foram iniciadas pela Polícia Civil. O acidente aconteceu em uma fazenda invadida por integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) em Tumiritinga, na Região do Vale do Rio Doce. A delegada Verena Vidal de Assis, da Delegacia de Conselheiro Pena, responsável pelo caso, informou que análises preliminares feitas nos corpos das vítimas e na fuselagem da aeronave não identificaram perfurações de arma de fogo. Essa hipótese foi levantada no local da queda nessa terça-feira e, a princípio, descartada pela corporação.
Famílias do MST informaram que duas aeronaves sobrevoaram a fazenda por aproximadamente uma hora no fim da tarde de terça-feira. Elas alegam que os ocupantes jogavam materiais semelhantes a coquetel molotov. A polícia ainda investiga essa versão. Um militar que esteve no local afirmou que uma das asas da aeronave se quebrou durante a queda e foi parar a cerca de 150 metros do restante da estrutura.
Ao analisar a estrutura, o policial informou ter visto duas perfurações na asa que poderiam ser causada por tiros. Porém, a perícia da Polícia Civil fez uma análise do objeto e descartou, a princípio, que algum objeto atingiu o avião antes da queda. A fuselagem será analisada novamente. Os corpos do prefeito e do funcionário dele, Douglas Rafael da Silva, 29, passaram por necrópsia. Nenhuma perfuração foi encontrada neles.
Segundo a Polícia Civil, o prefeito é quem tinha o costume de pilotar a aeronave, mas ainda não há certeza que de quem estava no comando no momento do acidente. O resultado da perícia poderá comprovar a situação.
Outro ponto que ainda está sem resposta é a respeito de uma segunda aeronave no local da queda. Moradores afirma que eram dois aviões que jogavam objetos nas famílias. A Polícia Civil informou que está investigando apenas a aeronave que caiu.
Velório
Os corpos do prefeito de Central de Minas e do funcionário começariam a ser velados às 15h na quadra poliesportiva da cidade. Porém, houve atrasos na liberação junto ao Instituto Médico Legal (IML) de Governador Valadares. Segundo o vice-prefeito de Central de Minas, Eneias Mendes, a cidade está comovida com a tragédia e deve lotar o local. Comércios fecharam as portas e a população espera a chegada do carro funerário na entrada da cidade. O enterro está marcado para as 10h de quinta-feira no cemitério municipal.