Acúmulo de função e estresse. Essas são as principais queixas de rodoviários que trabalham em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em relação ao exercício da função. Esta situação, preocupa o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários da cidade (Sittracon), que já procurou a prefeitura municipal para obter apoio nas discussões sobre o problema junto às empresas de ônibus. Segundo o sindicato, somente neste mês, dois motoristas abandonaram os veículos no meio da viagem por causa do trabalho excessivo e do alto nível de desgaste.
O caso mais recente de abandono de coletivo aconteceu na manhã de terça-feira, quando um condutor freou bruscamente o veículo da linha 2390 (Ceasa-Via Ressaca/Belo Horizonte) na Avenida dos Andradas, na Capital, e acabou batendo com o rosto no para-brisa. Em seguida, ele se levantou, quebrou a gaveta onde estava o dinheiro e saiu completamente descontrolado pela rua. Os passageiros precisaram conter o homem, que ameaçava se jogar entre os carros que passavam pelo local.
“Minha cunhada desceu do ônibus momentos antes do acidente. Ela percebeu que o motorista estava bastante descontrolado ao longo da viagem, pois discutiu com alguns passageiros por causa de troco, gritou com alguns condutores e se mostrava bastante tenso”, contou o morador de Contagem, Valdecir Reis. Conforme o Sittracon, na semana passada outro caso parecido foi registrado na Avenida João César de Oliveira, quando o condutor de um coletivo também abandonou a função, deixando os passageiros no meio da via.
“A tendência é ficar pior. Já conversamos com a prefeitura para que houvesse uma intermediação entre as empresas e o sindicato, mas não obtivemos êxito. Os motoristas estão trabalhando também como trocadores e o estresse é muito grande. No mês passado, também houve o caso de um condutor bater o ônibus em uma árvore, porque se distraiu ao dar o troco. Eles são pressionados para cumprir os horários e dar conta de uma função extra”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Contagem (Sittracon), Antonio Ferreira da Silva.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais (Setop), atualmente cerca de 14% dos veículos da frota do Sistema Metropolitano de Transporte Coletivo, composta por 3.088 ônibus, circulam sem cobradores. Porém, conforme o mesmo estudo, a autorização para circular sem cobrador é dada ao veículo, baseado em suas características, e não à linha.
O alto nível de estresse dos motoristas também preocupa o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Belo Horizonte (STTR-BH). Conforme a assessoria de imprensa, neste ano foram registrados dois casos de abandono de veículo por parte dos motoristas na capital. Mas os casos não param por aí. No ano passado, um condutor do Move deixou um ônibus da linha 61 (Venda Nova/Centro) na Avenida Santos Dumont e foi embora.
Em dezembro de 2013, um motorista da linha 9250 (Caetano Furquim/Nova Cintra via Savassi) abandonou o ônibus em frente ao Banco Itaú da Avenida Getúlio Vargas, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com testemunhas, o motorista ficou nervoso com uma pessoa que entrou pela porta de trás. Conforme o levantamento feito pela Setop, os veículos do transporte coletivo metropolitano tipo mini ônibus com capacidade de 25 a 31 lugares, mini ônibus com capacidade 30 a 37 lugares, ônibus médio com capacidade de 36 a 39 lugares, ônibus padron com capacidade de 46 a 49 lugares, que possuem botoeiras/gavetas ao lado do motorista e aqueles em que 75% dos usuários usam Cartão Ótimo, estão dispensados da utilização do cobrador.
Em nota, a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas informou que atualmente está revendo esse e outros procedimentos adotados até o fim de 2014, com objetivo de estabelecer um novo padrão para a não utilização do cobrador no interior dos veículos, o qual irá considerar não apenas o porte do ônibus e a quantidade de usuários que utilizam o cartão Ótimo nos serviços de transporte coletivo da Região Metropolitana de BH, mas também as vias percorridas pelas linhas, o perfil do usuário, entre outros critérios técnicos.
A reportagem procurou a Prefeitura de Contagem, citada pelo Sittracon, mas a administração municipal não se posicionou sobre o caso. A Transimão, empresa responsável pela linha 2390 (Ceasa-Via Ressaca/Belo Horizonte), também foi procurada, mas ninguém foi encontrado para se posicionar sobre o assunto.
O caso mais recente de abandono de coletivo aconteceu na manhã de terça-feira, quando um condutor freou bruscamente o veículo da linha 2390 (Ceasa-Via Ressaca/Belo Horizonte) na Avenida dos Andradas, na Capital, e acabou batendo com o rosto no para-brisa. Em seguida, ele se levantou, quebrou a gaveta onde estava o dinheiro e saiu completamente descontrolado pela rua. Os passageiros precisaram conter o homem, que ameaçava se jogar entre os carros que passavam pelo local.
“Minha cunhada desceu do ônibus momentos antes do acidente. Ela percebeu que o motorista estava bastante descontrolado ao longo da viagem, pois discutiu com alguns passageiros por causa de troco, gritou com alguns condutores e se mostrava bastante tenso”, contou o morador de Contagem, Valdecir Reis. Conforme o Sittracon, na semana passada outro caso parecido foi registrado na Avenida João César de Oliveira, quando o condutor de um coletivo também abandonou a função, deixando os passageiros no meio da via.
“A tendência é ficar pior. Já conversamos com a prefeitura para que houvesse uma intermediação entre as empresas e o sindicato, mas não obtivemos êxito. Os motoristas estão trabalhando também como trocadores e o estresse é muito grande. No mês passado, também houve o caso de um condutor bater o ônibus em uma árvore, porque se distraiu ao dar o troco. Eles são pressionados para cumprir os horários e dar conta de uma função extra”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Contagem (Sittracon), Antonio Ferreira da Silva.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais (Setop), atualmente cerca de 14% dos veículos da frota do Sistema Metropolitano de Transporte Coletivo, composta por 3.088 ônibus, circulam sem cobradores. Porém, conforme o mesmo estudo, a autorização para circular sem cobrador é dada ao veículo, baseado em suas características, e não à linha.
O alto nível de estresse dos motoristas também preocupa o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Belo Horizonte (STTR-BH). Conforme a assessoria de imprensa, neste ano foram registrados dois casos de abandono de veículo por parte dos motoristas na capital. Mas os casos não param por aí. No ano passado, um condutor do Move deixou um ônibus da linha 61 (Venda Nova/Centro) na Avenida Santos Dumont e foi embora.
Em dezembro de 2013, um motorista da linha 9250 (Caetano Furquim/Nova Cintra via Savassi) abandonou o ônibus em frente ao Banco Itaú da Avenida Getúlio Vargas, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com testemunhas, o motorista ficou nervoso com uma pessoa que entrou pela porta de trás. Conforme o levantamento feito pela Setop, os veículos do transporte coletivo metropolitano tipo mini ônibus com capacidade de 25 a 31 lugares, mini ônibus com capacidade 30 a 37 lugares, ônibus médio com capacidade de 36 a 39 lugares, ônibus padron com capacidade de 46 a 49 lugares, que possuem botoeiras/gavetas ao lado do motorista e aqueles em que 75% dos usuários usam Cartão Ótimo, estão dispensados da utilização do cobrador.
Em nota, a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas informou que atualmente está revendo esse e outros procedimentos adotados até o fim de 2014, com objetivo de estabelecer um novo padrão para a não utilização do cobrador no interior dos veículos, o qual irá considerar não apenas o porte do ônibus e a quantidade de usuários que utilizam o cartão Ótimo nos serviços de transporte coletivo da Região Metropolitana de BH, mas também as vias percorridas pelas linhas, o perfil do usuário, entre outros critérios técnicos.
A reportagem procurou a Prefeitura de Contagem, citada pelo Sittracon, mas a administração municipal não se posicionou sobre o caso. A Transimão, empresa responsável pela linha 2390 (Ceasa-Via Ressaca/Belo Horizonte), também foi procurada, mas ninguém foi encontrado para se posicionar sobre o assunto.