Todas 150 famílias que ocupavam o terreno onde caiu o avião em Tumiritinga, no Vale do Rio Doce, deixaram o local na tarde desta quinta-feira. Os integrantes do Movimento dos Sem-Terra fizeram uma assembleia nesta manhã e decidiram pela saída por causa do clima de insegurança. O grupo ainda espera as garantias de auxílio-moradia pelo governo estadual e um novo terreno, em outro município, proposta já estudada pelo Instituto Nacional de Colonização Agrária (Incra).
De acordo com Vânia Maria Oliveira, de 39, o grupo se dividiu entre casas de parentes e outros assentamentos da região. "Deixamos a terra confiantes de que o Incra cumpra com nossa exigência", disse.
Edilene, conhecida pelos colegas como "Cenourinha", 32, disse que as famílias deixaram o local em carros e motos, com o apoio da Polícia Militar, de sindicatos e entidades sociais que apoiam o movimento. "Foi muito triste deixar aquela terra. Choramos muito, mas preferimos evitar novos conflitos", conta.
Nesta quinta-feira, o superintendente do Incra, Gilson de Souza, disse que algumas áreas já foram indicadas e alguns proprietários já estão sendo notificados para que as vistorias sejam feitas. Gilson disse que o processo é longo, e que a comitiva enviada a Tumiritinga já havia pedido que os moradores deixassem o terreno o quanto antes.