As investigações sobre as causas da queda de um avião em um terreno que era ocupado por famílias do Movimento dos Sem-Terra (MST) em Tumiritinga, na Região do Vale do Rio Doce, continuam sendo feitas pela Polícia Civil.
A polícia tenta verificar duas versões para a queda da aeronave. A primeira foi dada pelos moradores que estão na fazenda desde 5 de julho. O grupo, de aproximadamente 300 pessoas, informaram que duas aeronaves sobrevoaram a fazenda por aproximadamente uma hora no fim da tarde de terça-feira.
Uma outra versão apurada é de que a aeronave onde estava o prefeito teria sido abatida por membros da ocupação. Porém, a hipótese está praticamente descartada, pois nem a perícia da Polícia Civil e nem a análise do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) encontraram vestígios de que o avião foi atingido por tiros ou outros objetos externos.
Foram recolhidos no local da queda, sacolas plásticas com um líquido que os moradores alegam terem sido jogados pelas aeronaves. A Polícia Civil afirmou, em nota, que o material ainda segue sendo analisado pela perícia.
Famílias deixam a fazenda
Todas 150 famílias que ocupavam o terreno onde caiu o avião em Tumiritinga, no Vale do Rio Doce, deixaram o local na tarde de quinta-feira. Os integrantes do Movimento dos Sem-Terra fizeram uma assembleia e decidiram pela saída por causa do clima de insegurança. O grupo ainda espera as garantias de auxílio-moradia pelo governo estadual e um novo terreno, em outro município, proposta já estudada pelo Instituto Nacional de Colonização Agrária (Incra).
De acordo com Vânia Maria Oliveira, de 39, uma das integrantes do MST, o grupo se dividiu entre casas de parentes e outros assentamentos da região. na quinta-feira, o superintendente do Incra, Gilson de Souza, disse que algumas áreas já foram indicadas e alguns proprietários já estão sendo notificados para que as vistorias sejam feitas. .