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Estado de Minas

Polícia ouve sete integrantes do MST sobre queda de avião em Tumiritinga

O teor dos depoimentos não serão divulgados pela Polícia Civil até a conclusão das investigações. Acidente matou o prefeito de Central de Minas, Genil Mata da Cruz (PP), de 39 anos


postado em 17/07/2015 17:21 / atualizado em 17/07/2015 19:15

Ver galeria . 8 Fotos Avião caiu quando sobrevoava acampamento de sem-terra em fazenda no município de TumiritingaPolícia Militar/Divulgação
Avião caiu quando sobrevoava acampamento de sem-terra em fazenda no município de Tumiritinga (foto: Polícia Militar/Divulgação )

As investigações sobre as causas da queda de um avião em um terreno que era ocupado por famílias do Movimento dos Sem-Terra (MST) em Tumiritinga, na Região do Vale do Rio Doce, continuam sendo feitas pela Polícia Civil. O acidente culminou na morte do prefeito de Central de Minas, Genil Mata da Cruz (PP), de 39 anos, e do funcionário dele, Douglas Rafael da Silva, de 29. Equipes da delegacia de Conselheiro Pena, responsável pelo caso, colheram depoimento de sete moradores que estavam acampadas no terreno. Além deles, ocupantes de uma segunda aeronave, que testemunhas alegam ter sobrevoado a área e jogado uma espécie de coquetel molotov sobre as famílias, foram ouvidas. O teor não será mantido em sigilo.

A polícia tenta verificar duas versões para a queda da aeronave. A primeira foi dada pelos moradores que estão na fazenda desde 5 de julho. O grupo, de aproximadamente 300 pessoas, informaram que duas aeronaves sobrevoaram a fazenda por aproximadamente uma hora no fim da tarde de terça-feira. Elas alegam que os ocupantes jogavam materiais semelhantes a coquetel molotov, versão contestada pelo advogado de Genil. Durante o voo, o piloto perdeu o controle da direção e a aeronave caiu.

Uma outra versão apurada é de que a aeronave onde estava o prefeito teria sido abatida por membros da ocupação. Porém, a hipótese está praticamente descartada, pois nem a perícia da Polícia Civil e nem a análise do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) encontraram vestígios de que o avião foi atingido por tiros ou outros objetos externos.

Foram recolhidos no local da queda, sacolas plásticas com um líquido que os moradores alegam terem sido jogados pelas aeronaves. A Polícia Civil afirmou, em nota, que o material ainda segue sendo analisado pela perícia.

Famílias deixam a fazenda

Todas 150 famílias que ocupavam o terreno onde caiu o avião em Tumiritinga, no Vale do Rio Doce, deixaram o local na tarde de quinta-feira. Os integrantes do Movimento dos Sem-Terra fizeram uma assembleia e decidiram pela saída por causa do clima de insegurança. O grupo ainda espera as garantias de auxílio-moradia pelo governo estadual e um novo terreno, em outro município, proposta já estudada pelo Instituto Nacional de Colonização Agrária (Incra).

De acordo com Vânia Maria Oliveira, de 39, uma das integrantes do MST, o grupo se dividiu entre casas de parentes e outros assentamentos da região. na quinta-feira, o superintendente do Incra, Gilson de Souza, disse que algumas áreas já foram indicadas e alguns proprietários já estão sendo notificados para que as vistorias sejam feitas.


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