Pais que tentaram atendimento de emergência no Hospital Infantil João Paulo II, referência no atendimento pediátrico no Estado, na tarde desta segunda-feira, voltaram a esperar longas horas. Alguns pacientes chegaram a ser barrados. O serviço dicou restrito pois o atendimento só foi feito por apenas um médico. A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) tenta a contratação de mais profissionais da saúde para tentar sanar o problema. Porém, afirma que está tendo dificuldades por causa do baixo número de pediatras.
Os problemas no hospital foram denunciados pela Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais (Asthemg) no início de julho. A falta de médicos na unidade ameaçou o fechamento do setor de emergência. Porém, a situação foi controlada depois que a Fhemig anunciou que contrataria 32 profissionais da saúde.
Exatamente 13 dias depois do anúncio, a situação continua a mesma. “Na verdade, continua tendo o mesmo problema que antes. Hoje, fecharam o atendimento a tarde, pois tinha apenas um médico para atender toda a população e a profissional não teve condições de trabalhar sozinha. Algumas mães precisando de atendimento com os filhos passando mal ficaram do lado de fora”, explica Carlos Augusto Martins, presidente Asthemg.
Em nota, a Fhemig informou que o funcionamento do hospital é dividido em 14 plantões de 12 horas, que estão sendo preenchidos na medida do possível até a contratação de todo o contingente necessário e previsto. “Porém, há um déficit de médicos pediatras e isso provoca eventuais falhas em plantões”, disse no comunicado. Segundo a Fundação, quando acontece essa situação, a unidade passa a atender apenas os casos mais graves. Com isso, os pacientes com menor gravidade são transferidos para o Hospital Odilon Behrens, ao Pronto Socorro João XXIII e ao Hospital das Clínicas.