A administração do Hospital Infantil João Paulo II e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) firmaram um acordo nesta-terça feira para desafogar o atendimento de urgência e emergência na unidade. Em momentos de escala reduzida, o excedente de pacientes com casos de menor gravidade poderá ser transferido para Unidades de Pronto Atendimento na capital.
De acordo com Cristiano Maciel, diretor técnico do hospital, a medida faz parte de um conjunto de ações pensadas pela prefeitura para regular o atendimento de urgência e emergência. "Nos plantões que tivermos menos médicos trabalhando, iremos atender somente os casos mais graves até que essa situação se resolva", diz.
Nessa segunda-feira, a unidade teve atendimento restrito e pacientes chegaram a ser barrados. Apenas um médico estava responsável pelo atendimento da população na parte da tarde no setor de emergência. Nesta terça, segundo a administração da unidade, quatro médicos estão trabalhando. Durante todo o dia, a demanda foi mais baixa que o habitual. "Tivemos só 30 atendimentos. Acho que isso é reflexo da situação de ontem, divulgada pela imprensa. Os pacientes demoram a saber que a unidade está reaberta" avalia, Cristiano.
Vagas abertas
O hospital está com 45 vagas abertas de contratos temporários para médicos. A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) é responsável por 30 contratações e a PBH pelas outras 15. As vagas têm salários médios de 6,5 mil para uma jornada de 24 horas semanais, no entanto, não há profissionais interessados, segundo o diretor técnico do hospital. "Esperamos que essas vagas sejam preenchidas e que depois o estado promova um concurso público", diz Cristiano.