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Justiça
A família ainda luta para ver punidos os responsáveis pela morte de Jean Charles. A responsável pelo processo que contesta a impunidade sobre o caso é Patrícia Armani, prima do brasileiro. “A impressão que dá é que, a qualquer momento, ele vai dar um telefonema e vamos acordar deste faz de conta”, emociona-se ela, que morava com Jean Charles em um apartamento alugado na Scotia Road, em Tulse Hill, área residencial do Sul de Londres.
Jean Charles – “nascido em Gonzaga e baleado aqui, em 22/7/2005”, como lembra o quadro na estrada da estação –, não passava pelo local com frequência. Na manhã daquela sexta-feira, chamado por um amigo para instalar câmera de segurança em uma residência do outro lado da cidade, saiu de seu apartamento em Tulse Hill e, depois de encontrar a estação de Brixton fechada, seguiu de ônibus para o terminal de metrô mais próximo: Stockwell. Pegou um jornal gratuito, passou pela catraca e sentou-se no penúltimo vagão quando, antes de partir, foi surpreendido e baleado com oito tiros por agentes da Scotland Yard, que o monitoravam desde as primeiras horas da manhã. Após uma sucessão de equívocos, Jean foi confundido com o terrorista etíope Omar Hussein, que morava no mesmo prédio, cujos documentos estavam em mochila abandonada em tentativa frustrada de ataque ao metrô londrino, dias antes.
Com Renan Damasceno .