No local, um mosaico de azulejos coloridos, com foto e a palavra “inocente” em letras garrafais, flores e algumas velas mantêm acesa a memória de Jean Charles. O memorial foi criado por uma artista sul-africana e autorizado pela empresa que gerencia o metrô de Londres, em 2010.
Justiça
A família ainda luta para ver punidos os responsáveis pela morte de Jean Charles. A responsável pelo processo que contesta a impunidade sobre o caso é Patrícia Armani, prima do brasileiro. “A impressão que dá é que, a qualquer momento, ele vai dar um telefonema e vamos acordar deste faz de conta”, emociona-se ela, que morava com Jean Charles em um apartamento alugado na Scotia Road, em Tulse Hill, área residencial do Sul de Londres. Patrícia, prima de primeiro grau do lado materno, havia chegado à capital inglesa meses antes, animada pelo primo, que embarcou para Londres com o sonho na bagagem em março de 2002. “Mesmo 10 anos depois, a palavra que vem à minha cabeça é incredulidade. Não dá para acreditar, a ficha não caiu”, explica.
Com Renan Damasceno