Servidores técnico-administrativos votaram por unanimidade por negar a proposta do governo e pela manutenção da greve que já dura 53 dias em Minas. Trabalhadores da Universidade Federal de Minas Geraisl (UFMG), Centro Federal de Educação de Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) se reuniram no auditório da Faculdade de Medicina da UFMG.
No último encontro entre o governo e a categoria, a proposta de reajuste salarial não foi alterada e o Ministério do Planejamento passou a oferecer um aumento no auxílio alimentação e auxílio saúde. Uma nova reunião deverá ser marcada até o fim da próxima semana. A manutenção da greve deverá prejudicar o início do semestre letivo nas instituições federais.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Instituições Federais (Sindifes), Cristina Del Papa, as universidades terão que adiar o início do segundo semestre letivo. "Não há mais tempo, com certeza será adiado", diz a sindicalista. Na última semana, a UFMG admitiu que, se a paralisação continuar, pode haver alteração no calendário acadêmico. As matrículas dos calouros e veteranos está adiada por tempo indeterminado.
Reivindicações
A reivindicação inicial dos grevistas era de reajuste salarial de 27,3%, relativo à reposição de perdas com a inflação. A proposta do governo foi de um reajuste de 21,5% dividido em quatro anos. A categoria fez uma contraproposta e estaria disposta a negociar se esse período fosse reduzido em até dois anos, o que não foi atendido pelo governo. O Ministério do Planejamento apresentou a proposta de reajuste do auxílio alimentação, que passaria de 373 para 458 reais e aumento do auxílio saúde, que teria um aumento de 22% sobre o valor recebido por cada trabalhador. No entanto, o aumento estaria congelado até 2019, fato que desagrada a categoria.