O que era para ser um dia de expectativa e emoção se transformou em tensão para um casal de Belo Horizonte. A operadora telemarketing Natália Maia de Carvalho, de 33 anos, e o funcionário público Breno de Azevedo Souza, de 37, conseguiram confirmar o casamento no religioso faltando pouco menos de seis horas para a celebração do matrimônio. Um dia antes da cerimônia, marcada para a noite desta sexta-feira na Catedral de Nossa Senhora de Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, a noiva foi surpreendida com a notícia de que seu casamento não poderia ser realizado por causa da falta da assinatura do padre de sua paróquia de origem no proclame do casamento. A situação só foi resolvida por volta das 14h desta sexta-feira.
Natália explicou que há aproximadamente 90 dias ela entregou a documentação para a realização do casamento na Paróquia Bom Pastor, do Bairro Dom Cabral, Noroeste da capital. Cerca de 30 dias depois, a igreja encaminhou os documentos para a matriz de Lourdes, mas não constava da documentação a assinatura do pároco do bairro. A operadora de telemarketing reclamou que, durante esse tempo, não foi informada sobre a ausência da assinatura.
Ontem, numa última tentativa de conseguir a assinatura, Natália recebeu da secretária da Igreja de Lourdes o documento sem assinatura, para ela até a Paróquia Bom Pastor e conseguir a assinatura do padre. No entanto, houve um novo imprevisto: o religioso responsável pela paróquia saiu de férias e viajou para Araguari, no Triângulo Mineiro. Na Bom Pastor, ela disse que recebeu uma carta da secretaria da paróquia garantindo que o padre assinaria o proclama assim que voltasse a Belo Horizonte. Mas, a Igreja de Lourdes sustentava que a cerimônia não seria realizada sem a assinatura. A noiva procurou a Cúria Metropolitana e foi informada que a cerimônia não pode ser realizada sem a assinatura do padre.
Mesmo diante do impasse, Natália deu prosseguimento aos detalhes da cerimônia, inclusive vivendo o dia da noiva. Por volta das 14h, ela recebeu uma ligação da Arquidiocese de Belo Horizonte garantindo a celebração. A noiva ainda não se sente segura sobre a situação. “Me pediram para levar a documentação lá. Já estou providenciando isso. Ainda estou no salão de belezas, mas vou chamar um motoboy para agilizar tudo. Ainda estou desconfiada. Porque eles garantiram, mas saber se terá é outra história. Vou aguardar as cenas dos próximos capítulos”, disse.
A supervisora de call center Cristina Rodrigues de Carvalho, prima de Natália, lamentou a situação e apoia a noiva. Ela é mãe de uma das quatro damas de honra da cerimônia. “Tenho parentes de outro estado que já chegaram, Bahia, Itaúna. Brasília. Meu irmão veio da Suíça, chegou no último domingo. A família está toda mobilizada”, diz. (Com informações de João Henrique do Vale)