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Estado de Minas

Copasa localiza mais de 5,7 mil ligações clandestinas na Grande BH nos últimos seis meses

Os 'gatos', como são chamados, estão entre os fatores responsáveis pela perda de água em Minas. A média foi de 28 flagras de ligações clandestinas por dia


postado em 24/07/2015 17:50 / atualizado em 24/07/2015 20:15

As ligações clandestinas criadas para desviar o curso de água que passa pela rede subterrânea da Copasa está entre os fatores apontados pela estatal responsável por causar perda do recurso. Para tentar eliminar os famosos 'gatos' e os vazamentos nesta época em que os reservatórios estão com os níveis bem abaixo do esperado foi criada a Operação CaçaGotas. De janeiro a junho deste ano, foram identificadas 5.784 ligações clandestinas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, média de 28 por dia. No ano passado, 5.028 flagrantes foram realizados no mesmo período.

O rastreamento dos vazamentos e gatos pelas ruas é feito com uma sonda eletrônica chamada geofone, que amplifica as ondas sonoras e permite aos fiscais escutar a água correndo para fora do encanamento ou em direção a uma ramificação clandestina. Quando a ligação clandestina é descoberta, o fornecimento para o duto é interrompido e os usuários são autuados, com pagamento de multa baseada na média de consumo do imóvel.

O problema não se restringe apenas à Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em janeiro deste ano, o Estado de Minas mostrou que a captação clandestina de água agrava a seca no estado. Entre 2013 e 2014, a Companhia da Polícia Militar do Meio Ambiente, sediada na capital, registrou aumento de 3,84% (de 286 para 297) no número de autuações por captação clandestina de água em 47 cidades fiscalizadas. Segundo a PM, os dados se referem à captação irregular via caminhões-pipa, poços artesianos sem outorga, desvio para irrigação e barragens proibidas, praticados por pessoas ou empresas. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) aplicou R$ 1 milhão em multas no ano passado, 20,4% a mais do que os R$ 830 mil de 2013.

Em 2014, das 901 operações de fiscalização da polícia ambiental nas 47 cidades, 428 foram feitas nos reservatórios Serra Azul (Juatuba), Várzea das Flores (Contagem e Betim) e Rio das Velhas (Nova Lima), mananciais de captação da Copasa. As outras 473 se basearam em denúncias (329) e na fiscalização de rotina.

Baixo nível de reservatórios


A economia de água por parte da população, não está acontecendo de forma ideal. A Copasa informou que a redução de consumo em junho foi de apenas 15,02%, na comparação com igual período de 2014. A estatal destacou a melhora em relação a maio, quando a poupança foi de 14,5%. O menor índice ocorreu em fevereiro, 9,4%, primeiro mês da campanha de economia. Em março, o índice deu um salto, para 16%, mas em abril o índice de poupança voltou a cair, para 15%, sempre em comparação com igual período do ano passado.

Nesta sexta-feira, os níveis dos reservatórios do Sistema Paraopeba continuam abaixo do esperado. O sistema, responsável pelo abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, apresenta 33,2% de seu nível. O Rio Manso está com 44,3%, Serra Azul, 14,1% e Vargem das Flores, 33,8%. Todos tiveram queda ou se mantiveram estáveis nos últimos dias. A vazão do Rio das Velhas está em 14,2 metros cúbicos por segundo.


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