A Polícia Civil concluiu que Gilmária Silva Patrocínio, de 33 anos, agiu sozinha ao matar a grávida Patrícia Xavier da Silva, de 21 anos, em Ponte Nova, na Zona da Mata. Ela cometeu o crime para sequestrar o filho da jovem e chegou a registrá-lo em seu nome. Os detalhes da conclusão do inquérito serão divulgados na tarde desta segunda-feira pelos delegados Iara Gomes, da 5ª Delegacia Regional de Ponte Nova e Silvério Rocha, da Delegacia de Homicídios.
O crime que chocou o país veio à tona no final de junho. Grávida de nove meses, Patrícia desapareceu ao ir para uma consulta no Hospital Nossa Senhora das Dores, em Ponte Nova, em 26 de junho. No dia 30, o corpo da gestante foi localizado por uma equipe do Corpo de Bombeiros em uma construção abandonada na divisa do Bairro Vale Verde om a Fazenda Estiva. De acordo com a Polícia, ela estava debaixo de uma caixa d'água com as mãos e pés amarrados, amordaçada, com uma lesão no pescoço e incisão no abdômen. A criança havia sido levada.
Gilmária foi detida em 1º de julho e confessou o crime. Na época, a delegada Regional Iara Gomes disse que a mulher tem filhos em com outros companheiros e temia ser abandonada por não ter uma criança no atual relacionamento. Ela disse ao marido que estava grávida e tramou o assassinato de Patrícia para ficar com a criança.
“A autora diz que simulou uma gravidez e, sendo assim, uma hora a criança tinha que nascer. Ela inventou uma história de que tinha roupas de bebê e um berço para doação, conquistando a confiança da vítima, de quem já era conhecida”, informou à época o delegado titular do caso Silvério Rocha Aguiar. Segundo ele, Gilmária já conhecia Patrícia.
A Polícia Civil conseguiu refazer os últimos passos de Patrícia, a saída de Gilmária do local do crime com o bebê em uma caixa e teve acesso registro da certidão de nascimento. Além disso, uma boneca simulando uma mulher grávida e um modelo de útero, com recém-nascido, fornecidos por uma Faculdade de Ponte Nova, também foram elementos usados pelos investigadores para mostrar o passo a passo que comprova que a mulher agiu sozinha no crime.