O porteiro que matou a facadas o motorista de ônibus Arlindo Custódio Ventura, de 38 anos, da linha 3054 (Milionários/Centro), foi apresentado pela Polícia Civil nesta segunda-feira. Mulcio Lino Guimarães, de 55, foi preso na última semana no prédio onde trabalhava no Bairro Funcionários. Ele confessou o crime, mas alegou legítima defesa. Segundo a delegada Ingrid Estevam, responsável pelas investigações, o agressor já tinha cometido um outro homicídio também com o uso de uma faca.
O crime aconteceu em 31 de maio no Bairro Nova Suíça, Região Oeste de Belo Horizonte. De acordo com as investigações, o Chevette conduzido por Mulcio atingiu o coletivo no Bairro Milionários, na Região do Barreiro. O motorista do carro, segundo a delegada, não respeitou a parada obrigatória e acabou colidindo no ônibus.
Testemunhas contaram à polícia, que os dois desceram dos veículos verificaram os danos e, em seguida, voltaram.
Arlindo continuou a viagem normalmente, quando foi surpreendido pelo motorista no cruzamento entre a Rua Olinda com Avenida Amazonas, no Bairro Nova Suíça. Imagens das câmeras de segurança do ônibus mostram quando o Chevette atravessa na frente do coletivo e para.
Neste momento, Mulcio desce do carro e vai em direção a porta do ônibus. Arlindo também se levanta e dá um chute no homem, que cai. Em seguida, se levanta, retira da calça uma faca e dá vários golpes na vítima.
Ao ser apresentado, Mulcio diz que apenas se defendeu. “Ele já foi descendo e me deu o golpe. Eu cai e fui para cima. Eu estava com a faca, porque me deu uma pesada no peito e me jogou no chão”, comentou. Mas, para a delegada, a intenção dele já era agredir Arlindo. “Através das imagens e das testemunhas é possível perceber que o ânimo dele é realmente matar a vítima”, disse.
Segundo Ingrid Estevam, Mulcio já foi preso anteriormente por assassinar uma pessoa durante uma discussão em um bar.
O suspeito foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, teve sua prisão preventiva decretada e encontra-se no Presídio Antônio Dutra Ladeira, Ribeirão das Neves, na Grande BH. Múlcio já tinha antecedente criminal em razão de outro homicídio, crime pelo qual cumpriu pena.