Uma moradora de Belo Horizonte denunciou hoje ao em.com.br que não conseguiu ser atendida no Hospital João XXIII durante a noite deste domingo devido a falta de soro antirrábico. Conforme relatou à reportagem, Luciana Martins Lopes, foi atacada por um gato na rua e precisou ir ao médico. No Hospital Mater Dei, ela foi atendida e orientada a tomar uma vacina e o soro, que estaria disponível no João XXIII. Porém, após esperar por duas horas, foi informada que o hospital não contava com o material.
“A vacina só tem efeito depois de uns vinte dias, porque antes disso o soro é que faz a proteção, agindo como um antídoto. Como a ferida da mordida já estava infeccionada, era considerado um caso grave. Fui até o HPS e, após quase duas horas de espera, me informaram que eles não tinham o soro e que a Secretaria de Saúde não está enviando. Fizeram um relatório com o pedido do médico e todos meus dados para enviar para secretaria e quando receberem eles entrariam em contato comigo. Isso é um absurdo”, disse.
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Acidente mata advogada e deixa mulher e três crianças feridas no Sul de MinasAdolescente de 13 anos morre ao levar choque em caixa de interfone de prédio no Bairro BuritisPrefeitura estende serviço de varrição de ruas em duas Regiões de Belo HorizonteEm nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que o desabastecimento do soro anti-rábico é um problema que está sendo enfrentado por Minas e outros estados e que o Ministério da Saúde é o responsável pela aquisição e distribuição do soro aos estados.
Em relação à situação da paciente que compareceu ao hospital João XXIII, a Secretaria informou que o soro já chegou ao hospital e foi feito contato com a paciente na parte da manhã para que ela comparecesse ao hospital. Novo contato foi realizado agora de tarde, já que ela ainda não havia retornado à unidade para ter acesso ao soro. Esclarecemos que o soro pode ser tomado até sete dias após o contato com o animal, mas se configura um complemento à essas ações .
A Secretaria de Saúde recomendou, ainda, que as unidades adotem o esquema vacinal completo, que são cinco doses (a primeira no dia do acidente, seguida de doses no 3º, 7º 14º ou 21º dias). Outra recomendação é vigiar o animal agressor por 10 dias após a exposição. Se ele permanecer sadio, o caso pode ser encerrado. O soro se configura um reforço a essas ações em casos considerados graves.
Em novo contato com a paciente, a reportagem apurou que a nova arremessa do soro antirrábico pode não ser o suficiente para muitos dias. “Um funcionário do hospital me disse que chegaram apenas 20 ampolas do material, sendo que, em média, cada pessoa precisa tomar 2 a 3 três frascos do soro”, disse Luciana.
Se você têm denúncias sobre este ou outros problemas em Minas Gerais, envie para o WhatsApp do Estado de Minas. (31) 8502-4023.