O aumento das passagens de ônibus de Belo Horizonte já está sendo discutido. Foi o que informou o prefeito Marcio Lacerda (PSB) nesta quarta-feira durante apresentação do Projeto Boa Ideia. Funcionários da administração municipal já avaliam o reajuste há mais de dois meses, porém ainda não há uma definição sobre o caso.  “É um assunto complexo, envolve discussão de contrato de concessão e temos que ter muito cuidado, responsabilidade séria do poder público. Não temos uma decisão ainda. Tivemos uma reunião ontem (segunda-feira), vamos ter mais reuniões no decorrer deste final de semana e ver o que vai ser feito”, afirmou Lacerda.

De acordo com o prefeito, o aumento seria uma das demandas das empresas de ônibus. Em junho deste ano, a BHTrans divulgou um levantamento realizado pela Ernst & Young Assessoria Empresarial Ltda, a pedido do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH). O estudo mostrou um aumento de 12,83% no preço unitário, o que elevaria a passagem de R$ 3,10 para R$ 3,50 - arredondando o valor que, com o reajuste, ficaria em R$ 3,497. Na última variação, em dezembro de 2014, as passagens que antes custavam R$2,85% passaram a valer R$ 3,10, o que representou um reajuste de 8,5%.

“Existe uma demanda das empresas fundamentada em auditoria externa, a mesma auditoria que fez o trabalho anterior, refez o trabalho, avaliando se os parâmetros de custo e receita presentes no trabalho anterior se realizaram na prática. Falta ainda alguma discussão. Passamos toda a informação ao Ministério Público e temos ainda alguns detalhes a debater”, explicou o prefeito, que completou. “Está faltando terminar as discussões, porque qualquer decisão que venha a ser tomada ela tem que respeitar a legalidade e o aspecto técnico”.

O possível aumento das tarifas foi questionado pela Defensoria Pública de Minas Gerais. O órgão entrou com uma ação, em junho deste ano, pedindo mais informações ao Setra sobre o reajuste. Em 21 de julho, o juiz indeferiu o pedido. Em seu despacho, o magistrado informou que a documentação apresentada pela PBH não tinha indícios de que o órgão buscava o aumento das passagens..