A polícia americana prendeu nesta sexta-feira um homem suspeito de matar o mineiro Dario Rodrigues, de 64 anos, dentro de um apartamento em Newark, nos Estados Unidos. De acordo com o filho da vítima, Filipe Castor, de 30, o assassino também é brasileiro e já tinha morado com Rodrigues. O dinheiro roubado no imóvel, aproximadamente US$ 30 mil, ainda não foi encontrado. A família se diz aliviada com a prisão.
O corpo de Dario foi encontrado no apartamento onde ele mora há oito anos na madrugada de 3 de julho. Funcionários da lanchonete onde o homem trabalhava estranharam que ele não foi trabalhar e acionaram vizinhos. O zelador do prédio, que tinha uma chave reserva, abriu a porta da casa e encontrou a vítima caída com várias perfurações no corpo provocado, possivelmente, por uma faca. O local também estava revirado, mas sem sinais de arrombamento.
De acordo com Filipe Castor, a suspeita sempre recaiu contra um outro brasileiro. “Desde o começo o principal suspeito era ele. Sabemos disso, porque o rapaz morava com o meu pai, que o ajudou a migrar do Brasil para os EUA. Ele já tinha roubado meu pai no início do ano e acabou expulso de casa”, conta.
A família teve um papel importante para a captura do suspeito. “Consegui acessar as informações do celular do meu pai, porque nossa conta era a mesma e a senha também. Vimos que as últimas ligações e mensagens. Nelas, o último a entrar em contato com meu pai foi ele”, explica Filipe Castor.
O suspeito foi encontrado na tarde desta sexta-feira em Newark pela polícia local. A motivação do crime teria sido latrocínio – roubo seguido de morte. “Meu pai vivia ilegal nos EUA. Por isso, não tinha conta em banco e guardava o dinheiro em casa e o suspeito sabia disso. Na época ele estava com aproximadamente US$ 30 mil em casa. O dinheiro não foi recuperado”, comenta Castor.
O filho de Dario se diz aliviado com a prisão. “Com certeza, a gente vê a prisão ser realizada é um alívio para a família. A dor é muito grande, não esperava que acontecesse. Estava com viagem marcada no fim do ano para ficar dois meses com meu pai”, lamentou.