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Estado de Minas

Açougueiro é condenado a mais de 18 anos de prisão por morte de bebê de seis meses em BH

O crime aconteceu em agosto de 2014. Gedeon Fernandes Santos, 24 anos, foi sentenciado por homicídio por motivo fútil e com meio que impossibilitou a defesa da vítima


postado em 03/08/2015 20:16 / atualizado em 03/08/2015 20:23

Gedeon está preso desde agosto de 2014(foto: Andrea Silva/EM/D. A Press )
Gedeon está preso desde agosto de 2014 (foto: Andrea Silva/EM/D. A Press )
O açougueiro Gedeon Fernandes Santos, 24 anos, foi condenado nesta segunda-feira a a 18 anos e 8 meses de prisão pela morte do filho dele de seis meses. O crime aconteceu em agosto de 2014. O caso veio à tona depois que a criança foi levada para o Hospital Odilon Behrens e os funcionários desconfiaram de maus tratos. Sete jurados consideraram que o réu cometeu o assassinato por motivo fútil e com meio que impossibilitou a defesa da vítima.

Segundo as investigações, os maus-tratos aconteceram quando Gedeon chegou de uma partida de futebol, onde havia consumido bebida alcoólica. Quando entrou em casa o bebê estava chorando muito e, sem paciência, o pai deu um o soco no menino. Na época, o açougueiro contou para o delegado responsável pelo caso que ainda sacudiu o bebê e como o garoto reagiu, ele achou que não seria necessário atendimento médico. No entanto, a saúde doo menino piorou e o agressor acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O pai disse aos socorristas que o bebê escorregou e caiu durante um banho. Quando o menino deu entrada em coma no Hospital Odilon Behrens, os médicos viram que havia uma lesão na nuca – de ponta a ponta – machucado que não condizia com a queda. Assim, o caso foi parar na polícia, que desenrolou as versões de Gedeon até a confissão.

Durante o julgamento nesta segunda-feira, o promotor Gustavo Fantini de Castro sustentou que o pai agrediu a criança por ter ficado irritado com o choro dela. Para ele o homicídio foi qualificado, porque cometido por motivo fútil e contra uma vítima indefesa, incapaz de reagir. O representante do MP ressaltou que não foi a primeira vez que o bebê sofreu maus-tratos por parte do pai.

A defesa, conduzida pelo defensor público Aender Aparecido Braga, levantou contradições durante o processo, como a mudança de versões da mãe da criança e de uma médica que atendeu o bebê. O advogado destacou que familiares, inclusive a mãe do bebê, testemunharam que o acusado demonstrava felicidade ao ir buscar o menino para passar o fim de semana, o que era incompatível com o sentimento de um pai que tencionava matar o filho. Além disso, citou estudos segundo os quais a síndrome do bebê sacudido é apresentada como um incidente bastante frequente, que pode ocorrer sem que os pais tenham a intenção de provocá-la.

Os argumentos não convenceram o corpo de jurados que votou pela condenação do açougueiro.


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