A Polícia Civil de Araçuaí, na Região do Vale do Jequitinhonha, descartou nesta terça-feira a hipótese de que a morte do assessor de imprensa da prefeitura da cidade, André Luiz de Sá, de 39 anos, tenha sido motivada pelo exercício da profissão de jornalista. De acordo com o delegado responsável pelo caso, ele era muito querido na cidade e nunca se indispôs com ninguém.

“Esta suspeita está descartada desde o início das investigações. Ele exercia seu trabalho administrativamente e era muito querido. Não há motivos para que a sua morte tenha envolvimento com a profissão”, disse o delegado Cristiano Castelutti. Ainda conforme a polícia, uma pessoa já foi ouvida e outras duas deverão comparecer hoje na delegacia. O computador do jornalista será analisado pela perícia. O corpo do jornalista André Luiz de Sá foi encontrado na manhã de segunda-feira, na casa dele, no Bairro Canoeiros, em Araçuaí.

De acordo com as informações da Polícia Militar e da Polícia Civil, ele apresentava marcas de ferimentos na cabeça, indicando que pode ter sido morto a pauladas. Proximo ao corpo, foram encontrados pedaços de madeira. André Luiz, que era assessor de imprensa da Prefeitura de Araçuaí, é o segundo jornalista assassinado no Vale do Jequitinhonha em menos de três meses.

Ele foi sepultado na manhã desta terça-feria. A cerimônia aconteceu por volta das 9h. Segundo o delegado que apura o caso, Cristiano Arantes, na noite de domingo a vítima foi vista com quatro rapazes bebendo em um bar da cidade. Dois deles já foram identificados.

A casa de André Luiz ainda estava em construção – em fase de acabamento. O corpo foi encontrado no chão, dentro um quarto. Ele teria sido morto por volta da 1h e foram encontrados pedaços de madeira perto do corpo. O carro de André Luiz, um Fiat Palio, foi deixado estacionado em frente a casa. Nenhum bem material foi levado. Por isso, a hipótese de latrocínio - matar para roubar - foi descartada pela polícia. Também não há vestígios de que a vítima lutou contra o autor do crime..