Uma audiência pública, que será realizada na Câmara Municipal de Belo Horizonte, nesta quinta-feira, promete ser o início do fim dos conflitos entre taxistas e motoristas do aplicativo Uber na capital. A reunião discutirá o Projeto de Lei 1.647/2015, de autoria do vereador Professor Wendel (PSB), que prevê a regulamentação do uso de aplicativos para transporte individual de passageiros.
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Taxistas usam fita preta em protesto contra o Uber em BHTaxistas prometem protesto contra "omissão das autoridades" com aplicativo UberAplicativo que já desperta a ira de taxistas, Uber, prepara expansão em BHUber oferece corridas de graça e taxistas denunciam concorrência deslealCombatido por taxistas e criticado por especialistas, Uber ganha espaço em BHAtritos em série entre taxistas e motoristas do Uber desafiam autoridades em BHCâmara Federal vai discutir disputa de taxistas e motoristas do Uber em BHPara o autor do texto, Professor Wendel, o encontro servirá para sensibilizar o poder público da urgência na aprovação de PL. "Estudei o projeto por oito meses, ele já passou por algumas comissões e, acredito que até na próxima semana, possamos votar em primeiro turno e, depois, em caráter de urgência, fazemos a votação em segundo turno para enviarmos para a sanção do prefeito", conta. "O texto é citado no inquérito do Ministério Público (MPMG), indicando ser um caminho certeiro para a atuação do executivo nessa questão", conclui o vereador.
De acordo com o político, estarão presentes representantes de todos os órgãos públicos como as polícias Militar e Civil, a Guarda Municipal, o MPMG, a BHTrans, o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e sindicatos dos taxistas, de locadoras e do setor hoteleiro.
Confrontos pelo mundo
Os embates entre taxistas e o serviço de transporte por aplicativo e as reações de prefeituras e governos ocorrem em praticamente todas as cidades onde o Uber se instala. No Brasil, além do Rio de Janeiro – que já se posicionou contrário ao Uber –, São Paulo também já adotou medidas. A Câmara Municipal da cidade aprovou projeto de lei que proíbe o uso do aplicativo para transporte remunerado de pessoas, mas a proposta ainda precisa passar por segunda votação. O serviço ainda funciona e a prefeitura sinalizou que pode haver regulamentação. Fora do país, o aplicativo de viagens pagas também desperta desavenças. Em Paris, na França, o serviço mais barato, UberPop, foi considerado ilegal.