O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a Guarda Municipal de Belo Horizonte pode continuar fiscalizando as infrações de trânsito de forma geral na capital mineira. A decisão se estende a outros 23 processos com o mesmo teor de outras partes do país e por isso foi considerada de repercussão geral. Seis ministros votaram negando o recurso impetrado pelo Ministério Público, que pedia a suspensão das multas pela Guarda alegando usurpação do poder de polícia, e cinco ministros deram provimento parcial ao recurso, entendendo que a instituição poderia multar desde que a infração cometida tivesse relação com a proteção do patrimônio público.
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STF decide nesta quinta-feira se a Guarda Municipal de BH poderá continuar fiscalizando motoristas PBH abre licitação para treinar guardas municipais a utilizar armas de fogoGuardas municipais de BH serão treinados para usar armas de fogoCurso de guardas municipais para porte de arma deve ter início em outubroNovo comandante diz que arma de fogo vai fortalecer trabalho da Guarda MunicipalO ministro Roberto Barroso entendeu que, ao exercer a fiscalização de trânsito, a Guarda Municipal não realiza uma função específica de segurança pública, atribuída exclusivamente à Polícia Militar, e por isso negou o recurso. Com ele votaram Celso de Mello, Dias Toffoli, Luiz Fux, Edson Fachim e Gilmar Mendes, que fechou a votação desempatando o caso.
O julgamento começou em maio, mas como os ministros Gilmar Mendes e Cármen Lúcia estavam ausentes, a sessão foi interrompida com quatro votos para cada lado. Hoje, os dois ministros que estavam ausentes votaram, assim como Edson Fachim, recém empossado para o cargo que ainda não ocupava durante o início do julgamento. .